Com a reportagem "Pó preto: maioria das estações não mede poeira na Grande Vitória desde 2021", A Gazeta está entre as 30 finalistas do 6º Prêmio de Jornalismo Mosca, que valoriza produções de teor investigativo, apoiadas em documentos oficiais e bases de dados. Para produzir o texto, publicado em novembro do ano passado, a repórter Natália Bourguignon reuniu e analisou os dados de todas as estações de monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana da Grande Vitória, entre 2018 e março de 2023, disponíveis no site do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). O levantamento mostrou que a eficiência dos aparelhos em monitorar material particulado — a parte do pó preto que fica em suspensão e, por isso, pode ser respirada ou inalada – havia caído naquele período.
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Os impactos da reportagem foram imediatos, como lembra Natália Bourguignon. "No mesmo dia da divulgação da matéria, o Iema e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) convocaram uma coletiva de imprensa para falar sobre a situação dos medidores de poluição que foram alvo da reportagem. Na ocasião, foi anunciado que estava em fase de testes uma tecnologia diferente para medição de material particulado, o que foi divulgado por diversos veículos locais", destaca a jornalista.
Para Natália, ser finalista do Prêmio Mosca é um reconhecimento importante para a reportagem produzida. "Um dos papéis fundamentais do jornalismo é tornar público o que pessoas em posição de poder querem esconder. E só as investigações podem cumprir esse papel. Nesse prêmio, um dos critérios é que a investigação seja realizada pelo repórter, e não uma divulgação de uma investigação feita por órgãos oficiais (polícia, Ministério Público etc.). Isso torna a apuração ainda mais relevante e os impactos, mais profundos", observa.
A reportagem de A Gazeta foi selecionada entre 129 inscritas por veículos de todo o país na categoria principal da premiação, promovida pela agência Livre.jor. A divulgação dos vencedores vai ocorrer no dia 23 de novembro.
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