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"A vacina foi fundamental", diz epidemiologista do ES que teve Covid-19 nos EUA

"A vacina foi fundamental", diz epidemiologista do ES que teve Covid-19 nos EUA

Ethel Maciel viajou a trabalho para Baltimore e Nova York - onde acredita ter se infectado -  e contou que contraiu a variante Ômicron, mas vacina impediu sintomas graves

Publicado em 18 de dezembro de 2021 às 16:45

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Vacinas
A epidemiologista Ethel Maciel disse que a vacinação impediu que ela tivesse sintomas graves da Covid-19. (Carlos Alberto Silva)

Após se infectar com a Covid-19 durante uma viagem a trabalho para Nova York, nos Estados Unidos, a pós-doutora em epidemiologia Ethel Maciel afirmou que a vacina a impediu de ter sintomas mais graves da doença. A especialista contou que está assintomática e que detectou a infecção do coronavírus por conta de um teste exigido pela companhia aérea, logo antes de retornar ao Brasil.

Ela relata que permaneceu de máscara durante toda a viagem, que ainda teve a cidade de Baltimore como destino, e que acredita ter se contaminado em Nova York. Ethel disse que, na cidade, o comprovante de vacina é obrigatório em praticamente todos os estabelecimentos comerciais, mas que, mesmo assim, contraiu o vírus. O teste, inclusive, indicou a presença da variante Ômicron.

"Alterou o plano de retorno, eu voltaria nesse final de semana e agora vou fazer a quarentena. Ficamos sabendo por que o PCR normal faz uma busca adicional pela Ômicron e daí detectaram essa variante", disse.

Ethel Maciel, enfermeira epidemiologista e colunista de A Gazeta
Ethel Maciel ressaltou que a dose de reforço é essencial para impedir sintomas graves da Covid-19. (Fernando Madeira)

Ethel narrou que, conforme uma regulamentação do Ministério da Saúde, ela pôde adiantar a dose de reforço para que pudesse viajar a trabalho. Segundo a epidemiologista, o principal fator que impediu que ela tivesse sintomas graves da doença foi a aplicação da terceira dose do imunizante.

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Isso provavelmente foi o que me salvou ou propiciou que eu não tivesse sintomas. Se eu não tivesse tomado, o meu esquema inicial teria me protegido contra a Ômicron. Ela foi fundamental

Ethel Maciel
Pesquisadora e pós-doutora em epidemiologia
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"Na primeira semana (nos EUA) me ofereceram para tomar a quarta dose para completar o esquema da Pfizer. Se eu fosse ficar mais um ou dois meses, teria que me vacinar. Eu tomei duas da AstraZeneca e tomei o reforço da Pfizer. Eu entrei em contato com o município e solicitei a antecipação (da terceira dose), porque se eu precisasse para entrar ter o esquema da Pfizer eu tomaria aqui a outra dose. Tomei a minha dose de reforço com menos de quatro meses, em novembro. Chegaria no dia 30 de novembro. Praticamente em todas as farmácias estão vacinando (nos EUA). Chegando aqui, com os professores, vimos que não tinha necessidade, porque não ficaria tanto tempo", detalhou.

PREOCUPAÇÃO COM A ÔMICRON

Ethel Maciel explicou que, em Nova York, a variante Ômicron já causa preocupação e que os casos de Covid-19 estão aumentando diariamente. Ela acrescentou que a vacinação com a dose de reforço é essencial para se prevenir das formas mais graves da doença e ressaltou que o possível impacto da nova cepa no Brasil ainda é desconhecido.

"A velocidade é muito grande. A gente ainda não está vendo a Ômicron chegando no Brasil e não sabemos como será o impacto. Onde ela chega, é muito transmissível. O recado é vacinar o reforço e, se puder antecipar, melhor, antes das festas de final de ano vai aumentar a imunidade. Continue se cuidando, mantenha ambientes ventilados e fique com pessoas que estão vacinadas porque, mesmo que você se contamine, vai ter uma carga viral menor e a possibilidade de desenvolver uma doença leve é maior", argumentou.

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