O capixaba que voltar a frequentar a academia a partir desta segunda-feira (25) vai ter de conviver com uma nova realidade. Para autorizar a reabertura dos estabelecimentos, o governo do Estado determinou diversas medidas de higiene para evitar o contágio do novo coronavírus durante a prática de atividades físicas.
A Portaria Nº 094-R, publicada no Diário Oficial do Estado neste sábado (23), obriga os clientes e funcionários a usarem máscara de proteção facial. No caso dos clientes, o documento também orienta que seja utilizado um calçado para ir à academia e outro para entrar no estabelecimento e realizar os exercícios. Se possível, os cabelos devem ser mantidos presos.
O uso de toalha, garrafas ou copos descartáveis é obrigatoriamente individual. Também é recomendada a higienização frequente das mãos e a limpeza dos aparelhos, antes e depois do uso, com álcool gel 70%. No caso de acesso a tatames e ringues, os pés também deverão ser higienizados com álcool. Usuários que fazem parte do grupo de risco ou que apresentem os sintomas gripais como febre e tosse não poderão ser atendidos.
A partir desta segunda-feira, está proibida a prática de esportes de contato e esportes que, obrigatoriamente, demandem compartilhamento de materiais ou equipamentos como lutas, vôlei, basquete e futebol. Para as academias de lutas e esportes coletivos, que estão abrangidas por essa mesma regra, será possibilitado o funcionamento para a realização de atividades sem contato físico e compartilhamento de equipamentos.
No entanto, o funcionamento deverá ser realizado exclusivamente com atendimento em horários agendados, com intervalo de 15 minutos, garantindo o controle do número máximo de frequentadores ao mesmo tempo, seguindo os parâmetros estabelecidos para cada modalidade específica, conforme enquadramento de risco do município.
Fica vedada a permanência de acompanhantes no interior do estabelecimento durante o horário de atendimento. Os espaços destinados à recreação de crianças também não podem funcionar, assim como também está proibido a comercialização de qualquer produto nos estabelecimentos. Cabe à academia, ainda, manter a limpeza do local e o fornecimento de álcool 70% nas áreas de recepção, musculação, salas coletivas e vestiários.
Um aparelho/usuário a cada 12 m² (doze metros quadrados) de área de salão, garantindo espaçamento mínimo de 4 m (quatro metros) entre os aparelhos/usuários
Um aparelho/usuário a cada 10 m² (dez metros quadrados) de área de salão, garantindo espaçamento mínimo de 3 m (três metros) entre aparelhos/usuários
Uma pessoa a cada 8 m² (oito metros quadrados) de área de salão, incluso o professor, garantindo espaçamento mínimo de 2,5 m (dois metros e cinquenta centímetros) entre as pessoas
É possibilitado o funcionamento apenas para atividades não aeróbicas, restritas a treinos de baixo impacto, garantindo sempre espaçamento mínimo de 4 m (quatro metros) entre aparelhos/usuários e os seguintes limites de lotação. Os parâmetros aqui estabelecidos são igualmente aplicados em atividades realizadas em áreas abertas.
Máximo de 1 (um) aluno por horário de agendamento
Máximo de 2 (dois) alunos por horário de agendamento
Máximo de 3 (três) alunos por horário de agendamento
Máximo de 4 (quatro) alunos por horário de agendamento
Máximo de 5 (cinco) alunos por horário de agendamento.
Por nota, a Associação das Academias de Ginástica do Espírito Santo (Acages) informou que não reconhece a divulgação das novas normas do governo do Estado que visa atender a cinco alunos, no máximo, por hora, inclusive para estabelecimentos com mais de 75 m². A Acages destacou que aguarda o anúncio de novas medidas que possibilitem um atendimento justo aos clientes, dentro dos padrões de segurança estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Da maneira como foram apresentadas, tais medidas atendem apenas aos pequenos estabelecimentos, como studios, gerando inviabilidade técnica e financeira de funcionamento, especialmente no que diz respeito às academias de médio e de grande porte. Essa inviabilidade acarretará, sem dúvidas, o fechamento de empresas e, consequentemente, promoverá a perda de postos de trabalho de diversos colaboradores, que dependem de seus esforços para manutenção do bem-estar de suas famílias", diz a nota.
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