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'Achei que avião tinha caído', diz dono da casa que desabou em Vila Velha

'Achei que avião tinha caído', diz dono da casa que desabou em Vila Velha

Engenheiro Civil Glauber Ramos, de 43 anos, fala sobre desabamento do imóvel no bairro Barramares, na manhã de sexta-feira (5); ele, a esposa e as filhas estavam em casa no momento do acidente

Publicado em 6 de janeiro de 2024 às 13:23

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Glauber Ramos,  Miriam Ramos, e as duas filhas do casal: Alice, de 2 anos, e Bianca, de 9.
Glauber Ramos, Miriam Ramos, e as duas filhas do casal: Alice, de 2 anos, e Bianca, de 9. . (Acervo pessoal)

“No primeiro momento, fiquei muito confuso e achei que avião tinha caído em cima da casa, porque moramos perto do aeroclube. Sempre tive medo de que algo assim acontecesse. Passado o susto, consegui sair dos escombros e ver que não era isso. Meu objetivo era apenas resgatar a minha família”. O relato é do engenheiro civil Glauber Ramos, de 43 anos, que morava na casa que desabou no bairro Barramares, em Vila Velha, no início da manhã de sexta-feira (5), e deu entrevista à reportagem de A Gazeta neste sábado (6).

Um vazamento de gás é apontado pelo Corpo de Bombeiros como responsável por causar a explosão que levou ao desabamento do imóvel. Além de Glauber, estavam na residência a esposa dele, Miriam Ramos, de 42 anos, e as duas filhas do casal: Alice, de 2 anos, e Bianca, de 9. Todos foram retirados vivos dos escombros.

O engenheiro civil e a filha Alice ficaram internados, mas tiveram alta na sexta-feira. Já Bianca teria alta neste sábado, mas a liberação foi suspensa pelos médicos porque a menina ainda sente muitas dores. “Ela deve ser liberada apenas na segunda-feira (8), pelos médicos do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória”, comentou Glauber.

O pai e a filha mais nova passaram a noite na casa de parentes. A esposa dele, teve mais de 75% do corpo queimado e sofreu com queimaduras de segundo e terceiro graus. Ela permanece internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jayme do Santos Neves, na Serra, sem previsão de alta.

Glauber contou que no momento da explosão ele estava dormindo em um dos quartos com as duas crianças, quando a esposa levantou para fazer o café. Após a explosão, o engenheiro conseguiu sair sozinho dos escombros, resgatando a menina de 2 anos.

“Consegui correr e achar a minha esposa, que gritava muito o meu nome. Vizinhos me ajudaram a tirá-la de lá. Depois disso, meu objetivo era resgatar a minha outra filha, que dormia em um colchão do lado da minha cama. Curiosos andavam sob os escombros onde a Bianca estava e acabei brigando com as pessoas para que elas saíssem de lá. Pouco depois, os Bombeiros chegaram e resgataram a minha filha mais velha”, relatou.

Glauber ainda sente muitas dores pelo corpo. Ele conta que fez muita força para retirar os entulhos de cima dele. “Na adrenalina, a gente não sente muita coisa. Agora quero que minha esposa saia do hospital para que juntos a gente possa pensar no que fazer.”

A casa que desabou pertencia à família havia oito anos. Eles estavam morando em Minas Gerais e retornaram para o Estado há pouco tempo. A mudança para a residência aconteceu um dia antes do Natal. “Eu nunca imaginei que uma explosão de gás fosse literalmente desintegrar uma casa robusta e de concreto”, desabafou.

Vaquinha

Vaquinha para ajudar a família da casa que desmoronou
Vaquinha para ajudar a família da casa que desmoronou. (Divulgação)

Com o desabamento da casa, a família perdeu tudo. Para ajudar, amigos de Glauber estão promovendo uma vaquinha solidária. A campanha destaca que qualquer ajuda é bem-vinda. Quem quiser ajudar pode mandar um Pix para o número 27 99644-7984.

“Pessoas próximas se sentiram sensibilizadas e organizaram a campanha para ajudar de alguma forma. Agora, vou esperar a recuperação da minha esposa para decidirmos juntos o que vamos fazer”, comentou.

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