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Acompanhantes de pacientes apontam problemas em hospital de Colatina

Acompanhantes de pacientes apontam problemas em hospital de Colatina

Entre as reclamações estão a presença de mofo em partes da unidade hospitalar e cadeiras danificadas; Sesa e direção explicam que imóvel está sob reforma

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 16:50

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Mofo no teto e ao redor de aparelhos de ar-condicionado, cadeiras quebradas com ferragens expostas e marcas de sangue em chão de leito. Essas são algumas das reclamações de acompanhantes de pacientes do Hospital Estadual Silvio Avidos, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo. Um deles, que também conversou a reportagem, mas pediu para não ser identificado, contou que até teve que comprar materiais para curativo para um familiar internado.

"A realidade do hospital é insalubre para os pacientes. A infraestrutura é muito precária sanitariamente falando, de cuidados mesmo. Nas enfermarias que vi, praticamente todas tinham muito mofo na parede e ao redor dos aparelhos de ar-condicionado. Já aconteceu mais de uma vez de as técnicas em enfermagem dizerem que não tinha material nem para fazer curativo, material básico. Eu peguei uma gaze que a gente levou e uma fita crepe e deixei lá. Aconteceu mais de uma vez isso", afirmou.

Cadeiras rasgadas, com remendos e até ferragens expostas
Cadeiras rasgadas, com remendos e até ferragens expostas. (Leitor A Gazeta)

Não faltam materiais, diz Sesa

A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a direção do hospital. A gestão estadual informou que lamenta as condições fotografadas por usuários do sistema e destacou que vai checar junto à equipe técnica o cumprimento dos devidos protocolos de higienização. Reforçou ainda que a unidade em Colatina está em reforma e negou que faltem materiais e medicamentos necessários ao atendimento dos pacientes. "Todos são fornecidos pela unidade", enfatizou.

Mal-entendido

Em entrevista ao repórter Enzo Teixeira, da TV Gazeta Noroeste, a diretora técnica do hospital, Luíza Bernadina, também negou falta de insumos na unidade, e explicou que o caso narrado por um dos acompanhantes foi um mal-entendido. "Nós não temos falta de insumos para curativos, mas houve sim um equívoco de comunicação da nossa equipe, que já está sendo tratado. Uma funcionária informou erroneamente que faltava o material. O acompanhante do paciente, por ser profissional da saúde, comprou por conta própria, mas ele não foi utilizado, pois temos no hospital", garantiu.

De mofo a maca suja de sangue: denúncia mostra hospital precário em Colatina; Sesa lamenta
À esquerda: teto exposto com mofo nas lajotas. À direita: mancha de sangue em parte do chão do leito  e em suporte. (Leitor A Gazeta )

Quanto aos registros de sangue no chão de leito, Bernadina explicou que as fotos foram feitas no dia da admissão de um paciente, durante a troca de curativos, quando há risco de sangramento. "Tanto que a gente pode ver nas fotos que o sangue é fresco. Depois, assim como em todo hospital, nós temos nossa rotina de limpeza. O quarto foi limpo e o problema foi solucionado", afirmou.

Banheiros reformados em até 80 dias

Questionado pela TV Gazeta sobre a existência de cadeiras em más condições e banheiros sem forro e com mofo, o diretor administrativo e financeiro do hospital, Roberto Rochas, confirmou a situação, mas ressaltou que a unidade está passando por reformas.

“O hospital tem 75 anos. Nossa principal porta de entrada é o Pronto Atendimento, onde já foram realizadas reformas na sala de medicação e nas cadeiras de conforto. Agora, estamos avançando para a segunda etapa do plano de contingência e reforma do hospital, que inclui a parte do telhado. Será aplicada uma manta e feita toda a impermeabilização para evitar infiltrações. Com isso, o forro fica exposto porque precisamos realizar o cabeamento e a drenagem dos banheiros”, explicou.

O diretor detalhou ainda que todos os banheiros serão reformados dentro de um prazo de 80 dias. “Já existe orçamento designado para essa função, que inclui a troca de vasos sanitários, pias e, principalmente, a parte do teto. A ideia é que em 80 dias a gente consiga reestruturar todos os banheiros da enfermaria e a parte do teto”, finalizou.

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