Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 16:48
Reginaldo Ludgero da Silva foi condenado nesta sexta-feira (7) a 16 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por matar e concretar o melhor amigo, identificado como Adair José da Silva, de 44 anos, em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo.
O réu foi responsabilizado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A sessão de julgamento do Tribunal do Júri começou às 9h e durou até o meio da tarde. O juiz não autorizou o réu a recorrer em liberdade, e por isso, ele seguirá preso. A defesa disse que o Reginaldo confessou o crime e avalia se vai recorrer da sentença.
Adair desapareceu em 2016, e o corpo dele foi encontrado concretado na própria residência em janeiro de 2020. Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o réu e a vítima eram “melhores amigos”. Conforme a Promotoria de Justiça de São Gabriel da Palha, o acusado queria morar na casa da vítima “de qualquer jeito” e, para isso, cometeu o crime: matou Adair, ocultou o corpo e o concretou na parede da residência.
Segundo o MPES, o acusado chegou a apresentar um documento alegando ter comprado a casa da vítima.
Carlos Eduardo Rocha Barbosa
Promotor de Justiça de São Gabriel da PalhaO caso só foi descoberto após denúncias anônimas que surgiram no final de 2019 e revelaram o crime brutal.
O advogado Hércules do Nascimento Capelli, que fez a defesa do condenado, disse que o cliente confessou o crime "com todos os detalhes".
Hércules do Nascimento Capelli
Advogado do réu“A pena foi fixada em 16 anos e 10 meses, enquanto, de acordo com a acusação, poderia chegar a 33 anos. Reginaldo já cumpriu 5 anos dessa pena. Esse período será contado na detração, o que torna provável que, em dois anos ou menos, ele tenha progressão do regime fechado para o semiaberto”, explicou.
O defensor disse ainda que consultará o cliente para avaliar a possibilidade de um novo recurso.
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