Acusado de mandar matar a ex-mulher, Hilário Antônio Fiorot Frasson foi expulso dos quadros da Polícia Civil. A decisão foi Conselho Estadual de Correição (Consecor), a última instância de recursos administrativos no Estado dos servidores públicos civis e militares. O investigador vai enfrentar o banco dos réus pelo assassinato da médica Milena Gottardi.
Por nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informa que Hilário já não faz mais parte da instituição, ao se referir à Polícia Civil. A decisão do Consecor, presidido pela Secretaria de Controle e Transparência do Estado (Secont), manteve, após análise do processo, a decisão do Conselho de Polícia Civil, que decidiu pela expulsão de Hilário Frasson dos quadros da Corporação, sendo essa a última instância administrativa. A partir desse momento, o citado já não faz mais parte da instituição, diz.
A decisão do Consecor foi tomada em reunião ordinária realizada no dia 28 de maio de 2020. Publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (29), ela não traz o nome do policial, mas o fato foi confirmado pela reportagem.
Trata-se da Resolução Deliberativa Consecor nº 027/2020, cujo texto informa: O Consecor, acompanhando por unanimidade o voto do Conselheiro Relator, decide pelo não provimento do recurso interposto, mantendo sem reparos a decisão 005/2020 do Conselho da Polícia Civil, que manteve a decisão 060/2019, que aplicou a penalidade ao servidor.
Por nota, a Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), cujo secretário Edmar Camata preside o Conselho, informou: O Conselho Estadual de Correição é responsável por julgar em última instância os recursos administrativos interpostos pelos servidores públicos civis e militares. Não há, portanto, a possibilidade de recurso administrativo à decisão do Conselho.
Em janeiro deste ano, o Conselho da Polícia Civil já havia decidido pela expulsão do investigador. Em seguida o processo foi encaminhado para o Consecor, que manteve a decisão da PC, pela expulsão do investigador.
O crime aconteceu no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano de Moraes (Hucam), localizado em Maruípe, Vitória. A pediatra Milena Gottardi morreu após ser baleada na cabeça quando saía do trabalho, em setembro de 2017. Hilário, que estava separado da vítima, e o pai dele, o fazendeiro Esperidião Frasson, foram acusados de serem os mandantes do crime.
Outras quatro pessoas foram também denunciadas: Dionathas Alves é acusado de ter atirado na médica; o lavrador Valcir Dias e Hermenegildo Palaoro Filho, conhecido como Judinho, são apontados como intermediários do crime. Por fim, Bruno Broetto é acusado de ter fornecido a moto do crime.
A defesa de Hilário não foi localizada para se manifestar sobre o assunto.
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