Começar a estudar inglês aos 4 anos e se tornar fluente aos 12, não foi o bastante para o estudante Caio Brun, de 17 anos, morador de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. A fome de conhecimento não fez ele parar por aí, já que o adolescente aprendeu a falar japonês sozinho, conseguindo, por meio de toda essa dedicação, ganhar uma bolsa de intercâmbio para estudar o idioma por um mês no Japão.
O sonho de estudar fora sempre esteve entre os desejos de Caio. De acordo com o adolescente, foi por meio de uma conversa com uma professora que ele descobriu o programa de estudos da organização internacional AFS Intercultura Brasil, e, entre tantos de todo o país, foi selecionado.
“O intercâmbio surge porque quanto mais eu estudava o idioma, mais eu me interessava pela cultura. Eu não amo só a língua, amo o Japão. Eu sempre quis fazer intercâmbio, mas não sabia que seria no Japão”, contou.
Para a microempresária Leacir Jamaica, deixar o único filho passar um mês no Japão não é apenas sinônimo de aperto no coração por conta da saudade. É também motivo de orgulho.
“Eu tenho muito orgulho dele. Ele consegue enviar uma mensagem para outros jovens de que eles podem conseguir, apesar de não ter condições financeiras. Ele conseguiu, lutou, teve objetivo, focou e checou lá. O coração fica palpitando, porque ele não vai para outro estado, vai para o outro lado do mundo e só tem 17 anos, nunca saiu da minha casa”, relatou, pontuando que nunca iria impedir o sonho do filho.
A paixão por idiomas diferentes, conta Caio, vem desde que ele se entende por gente. A fluência em inglês, além dos seis anos de curso, teve um empurrão do pai, que falava poucas palavras. Por outro lado, o japonês apareceu na vida do adolescente por pura curiosidade e paixão cultural.
“Eu estudei sobre os princípios linguísticos do japonês, toda base gramatical, os três alfabetos da língua japonesa… E quanto mais eu pesquisava, mais conhecia novas palavras e conteúdos”, finalizou.
Com informações de Geizy Gomes e Thomaz Albano, da TV Gazeta Sul
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