A imagem de uma adolescente caindo de um ônibus em movimento chamou a atenção no Espírito Santo. Enquanto o ônibus fazia uma curva próximo ao Parque Moscoso, no Centro de Vitória, uma das portas abriu e Aundréa Renée Amorim, de 17 anos, caiu no asfalto, sobre uma faixa de pedestres. Dois dias após o acidente, a estudante conversou com a reportagem de A Gazeta.
Ela contou em entrevista por vídeo que não estava encostada na porta antes de cair, relatou também que o coletivo estava muito cheio e a família pretende pedir uma indenização na Justiça.
Aundréa ficou com marcas e arranhões em um dos braços e sente dores no joelho devido à queda. O telefone celular, que estava em uma das mãos no momento em que caiu, ficou destruído. Os óculos também ficaram quebrados.
A jovem é estudante do Instituto Federal do Espírito Santo e tem aulas em dois turnos. O acidente aconteceu no início da noite, quando voltava para casa. Em conversa com A Gazeta, ela contou que costuma pegar a mesma linha de ônibus todos os dias.
Moradora do bairro Santa Tereza, em Vitória, ela agora recebe o suporte da mãe e do pai. No dia seguinte ao acidente, Aundréa teve alta hospitalar e voltou para casa. "Eu fiquei com luxação no joelho, alguns machucados e parte do braço doendo muito", contou.
Em entrevista, a adolescente relatou que viu o vídeo pela primeira vez na quinta-feira (5) e percebeu que o acidente foi mais sério do que imaginava. "Depois que vi o vídeo, percebi que era mais grave do que eu imaginava. Vi o vídeo ontem [quinta], minha família me mostrou", afirmou.
No fim da conversa, a estudante ainda mandou uma mensagem para Sandra Pausem, que a ajudou após a queda. Como mostrou A Gazeta, Sandra virou socorrista após sofrer um acidente.
Ainda segundo a estudante, a família tem a intenção de pedir na Justiça uma indenização, considerando que, na versão apresentada pela vítima, a porta foi aberta durante a curva, o que causou a queda. A empresa proprietária do ônibus procurou a família de Aundréa e se comprometeu a pagar pelos óculos e também um novo celular.
Procurado pela reportagem na manhã de quinta-feira (5), o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) disse que a empresa responsável pelo coletivo, assim que tomou conhecimento do fato, tirou o ônibus de circulação para vistoria e colocou outro em substituição. Após o acidente, segundo o GVBus, o motorista acionou o Samu imediatamente para socorrer a vítima e o boletim de ocorrência foi registrado no local.
Considerando os relatos da adolescente, A Gazeta voltou a procurar o GVBus. Em uma nova nota, o sindicato informou que, de acordo com a empresa responsável pelo coletivo, o ônibus trafegava em velocidade reduzida, a 16 km/h, conforme apontado pelo GPS e telemetria, equipamentos instalados no veículo para controle e fiscalização da velocidade.
"O GVBus ressalta que todos os motoristas são treinados e orientados a trafegarem em velocidade compatível com a via, devendo respeitar o limite de 60 quilômetros nas vias que assim permitirem. Caso sejam pegos descumprindo a velocidade máxima, os condutores estão sujeitos a punições, segundo as normas da empresa", informou em nota.
Também procurada, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que a manutenção dos veículos é de responsabilidade dos consórcios, mas que periodicamente são realizadas vistorias programadas nas garagens, além de outras surpresas.
"Sempre que um veículo apresenta algum problema, ele é recolhido para que os reparos sejam realizados e só poderá voltar à operação após nova vistoria da Companhia. Toda a frota, que hoje tem cerca de 1,6 mil veículos, é vistoriada duas vezes por ano", detalhou a Ceturb-ES.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta