> >
Adolescente lembra queda de ônibus em Vitória: "A porta abriu e minhas coisas voaram"

Adolescente lembra queda de ônibus em Vitória: "A porta abriu e minhas coisas voaram"

Quando o veículo fazia uma curva próximo ao Parque Moscoso, uma das portas do meio do coletivo abriu e Aundréa Renée Amorim, de 17 anos, caiu no asfalto, sobre uma faixa de pedestres

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 17:08

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

A imagem de uma adolescente caindo de um ônibus em movimento chamou a atenção no Espírito Santo. Enquanto o ônibus fazia uma curva próximo ao Parque Moscoso, no Centro de Vitória, uma das portas abriu e Aundréa Renée Amorim, de 17 anos, caiu no asfalto, sobre uma faixa de pedestres. Dois dias após o acidente, a estudante conversou com a reportagem de A Gazeta.

Ela contou em entrevista por vídeo que não estava encostada na porta antes de cair, relatou também que o coletivo estava muito cheio e a família pretende pedir uma indenização na Justiça.

Aundréa ficou com marcas e arranhões em um dos braços e sente dores no joelho devido à queda. O telefone celular, que estava em uma das mãos no momento em que caiu, ficou destruído. Os óculos também ficaram quebrados.

Aspas de citação

Eu estava no Ifes de Vitória indo para casa. Achei estranho que o ônibus estava atrasado dez minutos. Quando chegou, vi que estava muito lotado. Sentei na escada, mas pouco antes do acidente, eu levantei. Fiquei em pé, perto da porta, mas sem encostar. Quando o ônibus fez a curva, a porta abriu e minhas coisas voaram

Aundréa Renée Amorim
Estudante que caiu de ônibus
Aspas de citação

A jovem é estudante do Instituto Federal do Espírito Santo e tem aulas em dois turnos. O acidente aconteceu no início da noite, quando voltava para casa. Em conversa com A Gazeta, ela contou que costuma pegar a mesma linha de ônibus todos os dias.

Aundréa Renée caiu do ônibus e ficou com o celular e os óculos quebrados
Aundréa Renée caiu do ônibus e ficou com o celular e os óculos quebrados. (Felipe Sena)

Moradora do bairro Santa Tereza, em Vitória, ela agora recebe o suporte da mãe e do pai. No dia seguinte ao acidente, Aundréa teve alta hospitalar e voltou para casa. "Eu fiquei com luxação no joelho, alguns machucados e parte do braço doendo muito", contou.

Em entrevista, a adolescente relatou que viu o vídeo pela primeira vez na quinta-feira (5) e percebeu que o acidente foi mais sério do que imaginava. "Depois que vi o vídeo, percebi que era mais grave do que eu imaginava. Vi o vídeo ontem [quinta], minha família me mostrou", afirmou.

Aundréa Renée conversou com a reportagem de A Gazeta
Aundréa Renée conversou com a reportagem de A Gazeta por videochamada. (Felipe Sena)

No fim da conversa, a estudante ainda mandou uma mensagem para Sandra Pausem, que a ajudou após a queda. Como mostrou A Gazeta, Sandra virou socorrista após sofrer um acidente.

Aspas de citação

Sandra, você foi um anjo na minha vida. Por favor, continue sendo a pessoa maravilhosa que você é

Aundréa Renée Amorim
Estudante
Aspas de citação

Ainda segundo a estudante, a família tem a intenção de pedir na Justiça uma indenização, considerando que, na versão apresentada pela vítima, a porta foi aberta durante a curva, o que causou a queda. A empresa proprietária do ônibus procurou a família de Aundréa e se comprometeu a pagar pelos óculos e também um novo celular.

O que diz o GVBus

Procurado pela reportagem na manhã de quinta-feira (5), o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) disse que a empresa responsável pelo coletivo, assim que tomou conhecimento do fato, tirou o ônibus de circulação para vistoria e colocou outro em substituição. Após o acidente, segundo o GVBus, o motorista acionou o Samu imediatamente para socorrer a vítima e o boletim de ocorrência foi registrado no local.

Considerando os relatos da adolescente, A Gazeta voltou a procurar o GVBus. Em uma nova nota, o sindicato informou que, de acordo com a empresa responsável pelo coletivo, o ônibus trafegava em velocidade reduzida, a 16 km/h, conforme apontado pelo GPS e telemetria, equipamentos instalados no veículo para controle e fiscalização da velocidade.

"O GVBus ressalta que todos os motoristas são treinados e orientados a trafegarem em velocidade compatível com a via, devendo respeitar o limite de 60 quilômetros nas vias que assim permitirem. Caso sejam pegos descumprindo a velocidade máxima, os condutores estão sujeitos a punições, segundo as normas da empresa", informou em nota.

O que diz a Ceturb-ES

Também procurada, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que a manutenção dos veículos é de responsabilidade dos consórcios, mas que periodicamente são realizadas vistorias programadas nas garagens, além de outras surpresas.

"Sempre que um veículo apresenta algum problema, ele é recolhido para que os reparos sejam realizados e só poderá voltar à operação após nova vistoria da Companhia. Toda a frota, que hoje tem cerca de 1,6 mil veículos, é vistoriada duas vezes por ano", detalhou a Ceturb-ES.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais