Aos 17 anos, o estudante Daniel Vitório Baia Vieira acorda bem cedo para arrumar as coisas no carrinho de mão e sair para vender pães caseiros pelas ruas do bairro BNH, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Isso porque, após meses procurando um emprego, o estudante decidiu apostar na brincadeira que fez com a mãe, a doméstica Marilza Baia Vieira, durante a pandemia.
Dona Marilza Baia Vieira é empregada doméstica e os produtos são feitos durante a noite. Tudo começou com um desafio ao filho, mas acabou se tornando um complemento da renda da família.
“Brinquei com ele, falei que sábado e domingo não ia ter padaria, nem supermercado aberto. Sugeri para ele vender pão. Ele me olhou, brilhou os olhinhos, falou para fazer que iria vender”, conta a mãe.
Com apenas R$ 9 no bolso, o adolescente comprou leite e trigo. A mão de obra veio da mãe, que tinha uma receita – copiada de uma embalagem de trigo há mais de 25 anos. “Eu estava procurando emprego há uns 9 meses e foi uma oportunidade que vi de começar a trabalhar, a ter uma experiência mesmo sem ter carteira. Vendi todos os pães no fim de semana e vi que poderia dar certo”, lembra o estudante.
Daniel Vitório Baia Vieira transformou a dificuldade em oportunidade e o negócio está crescendo. Além dos pães tradicionais, ele também vende os recheados, além de café e refrigerante. Após rodar pelas ruas do bairro BNH, o adolescente monta uma banquinha na calçada e continua a venda. A meta sempre é voltar para casa com todos os itens vendidos.
O produto caiu no gosto do povo. Daniel conta que tem recebido encomendas e até conseguiu comprar um forno para ajudar na produção dos pães. Todo esse esforço é para conseguir realizar o sonho de passar em um concurso público e de montar uma padaria para a mãe.
Com informações do repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta