A advogada Michaella Zukowski, de 26 anos, conseguiu bater a meta da vaquinha criada por ela para fazer um tratamento nos Estados Unidos. Há um ano ela foi atingida por um paralelepípedo quando passava de carro pela Rodovia do Sol com o pai e o irmão. Por conta do acidente, sofreu afundamento de crânio e, agora, corre o risco de perder a visão.
A meta estabelecida pela jovem era arrecadar R$ 100 mil, mas, até o final da tarde deste domingo (7), o valor já passava de R$ 109 mil. Segundo Michaella, a quantia colocada por ela faz parte de uma estimativa de US$ 19 mil. Entretanto, a jovem diz que só vai saber o valor real e os custos do tratamento quando chegar ao país norte-americano. A viagem está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (12).
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, a jovem comemorou também a ajuda que recebeu com as passagens aéreas para a viagem. Segundo ela, parte do valor dos bilhetes foi custeada por um doador que não quis se identificar.
“Eu consegui minhas passagens. Tô embarcando para os Estados Unidos sexta-feira”, comemora a jovem em vídeo.
O acidente da advogada Michaella Zukowski aconteceu no dia 8 de julho de 2023. Ela, o pai e o irmão saíram de Guarapari e trafegavam pela Rodovia do Sol, em Vila Velha. A família estava a caminho do Aeroporto de Vitória, onde embarcariam para Minas Gerais para o velório do avô.
Quando passavam pelo trecho, foram surpreendidos por um homem que atirou uma pedra (um PAVs, usado em calçamentos) contra o carro. A moça, que estava no banco do carona, foi atingida pelo objeto.
O ataque provocou inúmeras fraturas no rosto da jovem, que teve que ser reconstruído com placas de titânio. Ela já passou por cinco cirurgias e diversos procedimentos.
Em janeiro deste ano, Michaella começou a perceber algo diferente em sua visão esquerda. Ela chegou a acreditar que o problema poderia ser por conta dos inchaços das cirurgias. Também nas redes sociais ela relata que está com um edema ocular, provocado pelo trauma e que o tratamento indicado são injeções intravitreas de anti VEGF. Mas afirma que esse tratamento foi negado pelo plano de saúde. Agora, a esperança está em um hospital nos EUA.
"Essa semana recebi a proposta de um tratamento lá nos Estados Unidos, no considerado melhor hospital do mundo, que se chama Mayo Clinic. E eu preciso ir para lá semana que vem. Então, eu decidi abrir uma vaquinha para poder custear todas essas despesas de passagem, de custear quanto tempo for ficar lá. Porque eu não sei como vai ser e nem quanto tempo vou ter que ficar lá para poder fazer meu tratamento", publicou a advogada nas redes sociais.
Em nota, a Unimed Vitória informou que “o procedimento não foi autorizado, pois a indicação feita para o uso da medicação pela paciente não se enquadra na DUT - Diretriz de Utilização, que trata dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A cooperativa reafirma seu compromisso em seguir todas as normas para garantir um atendimento justo e de qualidade a seus clientes.”
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