O advogado do proprietário da lancha que pegou fogo na praia da Guarderia em Vitória, na tarde deste domingo (31), após sair da praia da Bacutia, em Guarapari, afirmou que a embarcação estava com a manutenção em dia. Douglas Luz acrescentou que ainda é cedo para confirmar uma causa exata para o ocorrido.
A embarcação Diamond 300, que sofreu uma explosão neste domingo (31) já esteve envolvida em outro acidente. Foi em julho do ano passado, quando a universitária Bruna França, de 25 anos acabou morrendo. Quem conduzia o barco na ocasião era o proprietário, José Silvino Pinafo, noivo da vítima. No acidente deste domingo (31) ele não estava presente, mas o filho dele, Yuri Pinafo, de 26 anos, estava na lancha com outras três pessoas.
Ainda de acordo com o advogado Douglas Luz, Yuri estava responsável por acompanhar o deslocamento da lancha entre Guarapari e Vitória, mas não estava pilotando. "Eles pararam na Praia do Morro para que o tanque fosse integralmente abastecido. Em Vitória eles trocaram o marinheiro, uma vez que o primeiro só foi contratado para fazer o trajeto mais longo, pela experiência que ele tem. Um outro marinheiro assumiu, que é daqui de Vitória mesmo. O grupo parou em uma marina e foi para aquela área da Ilha do Frade, onde pararam a lancha e confraternizaram", iniciou.
O advogado acrescentou que em um determinado momento, o piloto acionou a ignição para recarregar as baterias da lancha e eles perceberam então uma combustão. "Tentaram apagar o fogo e não conseguiram, foi se alastrando de forma progressiva, o que possibilitou um tempo para as pessoas desembarcarem da lancha, não havendo vítimas", explicou.
Questionado se o acidente poderia ter sido evitado, Luz afirmou que apenas a perícia poderá responder. "A princípio não sabemos a razão da combustão. O que sabemos é que houve o incêndio quando eles tentaram fazer o momento de ignição para poder recarregar as baterias. Já há algumas suposições, mas são várias possibilidades, ainda é muito prematuro. Yuri não teve qualquer envolvimento, ele não estava dirigindo a lancha e o Silvino sequer estava na embarcação", disse o jurista.
Além disso, o advogado reiterou que a lancha não apresentava problemas técnicos e que a única providência a partir de agora, levando-se em conta que o prejuízo foi material, é a realização da perícia. "A Marinha vai dar a resposta para nós. O Yuri já prestou depoimento, não houve dano ambiental, já que a embarcação foi retirada rapidamente do local", concluiu.
Por meio de nota, neste domingo (31), o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta das 13h20 para atender a ocorrência. "Os militares chegaram ao local e, com auxílio da Capitania dos Portos, tentaram iniciar o combate com a lancha ainda na água, sem sucesso. Posteriormente, o barco foi rebocado até próximo à areia e as equipes, com auxílio do caminhão auto bomba tanque finalizaram o combate às chamas. Não há informações sobre feridos ou as causas do incêndio. O proprietário solicitou perícia e o laudo deve ser finalizado em, no mínimo, 40 dias".
Acionada pela reportagem, a Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, se manifestou por meio de nota dizendo que irá apurar as causas do acidente ocorrido neste domingo (31). Confira na íntegra:
"A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, informa que foi constatado que a embarcação incendiada ontem (31) na Praia da Curva da Jurema, município de Vitória (ES) é a Lancha “Diamante”, a mesma que, no dia 25 de julho de 2020, colidiu com a passarela do Terminal Technip, no canal de Vitória.
Ressalta-se que são fatos distintos de navegação. O incêndio ocorrido ontem (31) terá suas causas e responsabilidades apuradas, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima, em Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) conduzido pela CPES. Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei no 2.180/54.
Com relação ao acidente ocorrido em julho do ano passado, a CPES esclarece que o Inquérito Administrativo instaurado para apurar os fatos já foi concluído e encaminhado ao Tribunal Marítimo, responsável por realizar o julgamento.
Cabe destacar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da comunidade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (027) 2124-6526 (diretamente com a CPES para outros assuntos, inclusive denúncias). Também estão disponíveis o e-mail [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS".
Uma lancha que saiu da praia da Bacutia, em Guarapari, com quatro pessoas, pegou fogo no início da tarde deste domingo (31) na Praia da Guarderia, em Vitória. De acordo com o tenente Laeber, do Corpo de Bombeiros – a corporação foi acionada e esteve no local –, havia quatro pessoas na lancha. Ainda segundo o militar, o motor explodiu, momento em que os passageiros pularam na água e foram resgatados por outro barco. Ninguém se feriu.
Uma das pessoas que estava na lancha é Yuri Pinafo, filho do dono da embarcação. Yuri disse que não estava no comando da lancha e sim um piloto. O proprietário, José Silvino Pinafo, estava em Guarapari quando ocorreu o incêndio. "O piloto saiu de Guarapari para a marina, em Vitória, para guardar a lancha. Ainda não tenho muitas informações sobre o acidente, pois estou indo para Vitória tentar entender o que houve", afirmou à reportagem de A Gazeta neste domingo (31).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta