Prometida desde 2012 pelo governo do Estado, a nova sede da escola Aristóbulo Barbosa Leão, em Laranjeiras, na Serra, tem previsão, segundo edital, de ficar pronta até janeiro de 2023. As obras tiveram início em 2012 para ampliar o prédio antigo e ganhar novas instalações. Desde então, os estudantes tiveram aulas quando presenciais em prédio alugado. Em junho do ano passado, chegou-se a afirmar que a escola ficaria pronta em 2022, mas o prazo foi estendido. Com ordem de serviço anunciada em solenidade online, realizada nesta segunda-feira (03), pelo governador Renato Casagrande, já há liberação para início das obras.
O prédio de 41 anos começou a ser reformado em 2012 e a conclusão deveria ter se dado até julho de 2014. Apesar disso, naquele ano, as obras foram interrompidas, quando o contrato firmado com a empresa escolhida até então foi rescindido. Os alunos tiveram aulas no espaço provisório, em Jardim Limoeiro, ao custo mensal de aluguel de cerca de R$ 80 mil. Com a pausa na construção, o edifício original ficou abandonado e foi demolido em 2018, quando já haviam sido gastos R$ 6 milhões. A decisão de demolição, feita apenas no prédio principal, foi justificada sob o pretexto de que o espaço não tinha boas condições para uma reforma ser mantida.
Enquanto os alunos frequentavam as aulas no espaço provisório, tiveram inúmeras reclamações sobre a falta da estrutura apropriada, em especial relacionadas à ausência de ventiladores e ar-condicionado, falhas elétricas, ambientes precários e risco de assaltos na região.
Em junho de 2019, o subsecretário de Estado da Educação, Aurélio Meneguelli, chegou a afirmar que em dezembro do mesmo ano haveria publicação de edital e que as obras de fato começariam no segundo semestre de 2020.
Na solenidade realizada nesta segunda-feira (03), Casagrande anunciou investimento no valor de R$ 12.380.138,04 para a reconstrução da escola Aristóbulo Barbosa Leão.
A Escola Aristóbulo Barbosa Leão terá a ampliação de 160 vagas, com a construção do bloco principal, com laboratório de química e biologia, laboratório de física e matemática, dois laboratórios de informática, sala técnica, biblioteca com sala de catalogação e arquivo, varanda, sala de professores, copa e banheiros para professores e funcionários, sala de artes, sala multiuso, secretaria, diretoria, sala de pedagogo, duas salas de coordenação e 20 salas de aulas.
Também será construído um bloco com refeitório e cozinha completa e pátio coberto, além de outro bloco com vestiários, sala de dança e depósito de material de esportes, auditório com camarins, banheiros e palco. A área externa já conta com quadra poliesportiva, anfiteatro, depósito de reciclagem e guarita.
Do antigo prédio principal, que foi demolido, nada foi reaproveitado. Restaram uma quadra, um refeitório, um vestiário e um auditório no terreno, ainda que cobertos de mato. Aurélio, em entrevista à reportagem no ano passado, afirmou que o prédio estava com problemas estruturais e que a decisão de demolição veio do laudo de um especialista. Uma vistoria teria identificado rachaduras e comprometimento da estrutura.
Em reportagem publicada em A Gazeta ainda em 2018, foi explicado que as obras nunca foram finalizadas porque a empresa que era responsável pela execução do projeto entrou em falência e a reforma teve que ser interrompida.
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