Um estudo divulgado durante esta semana pelo Instituto Trata Brasil mostra que o país perdeu 40,3% da água distribuída em 2021, último dado do levantamento. Isso significa que, por dia, o país perde oito mil piscinas olímpicas de água tratada. No Espírito Santo, a perda é de 38,8%, água que poderia atender a 137 mil pessoas em todo o estado.
Nos últimos seis anos, o índice de desperdício vem piorando em nível nacional:
Esse desperdício está relacionado principalmente a vazamentos, muitas vezes ocultos, além de "gatos" da rede e erros de leitura dos hidrômetros, por exemplo. O Espírito Santo ocupa a 17ª posição no ranking nacional de desperdício de água.
Na contramão desses números, moradores de Cachoeiro mostram técnicas de reutilização da água. O advogado Rodrigo Souza capta água da chuva por meio de calhas, que direcionam a água para ser usada para limpeza e nos chuveiros da casa, enquanto a assistente social Rita Elizieth reutiliza a água utilizada para lavar roupa.
“Eu faço a captação da roupa que eu lavo. A primeira água tem o sabão, é uma água mais suja que é desprezada. A de enxágue é guardada para fazer a limpeza da casa lavar o banheiro”, explica Rita.
A BRK, empresa de abastecimento de Cachoeiro de Itapemirim, informou que atua diariamente para evitar perdas no sistema. De acordo com a concessionária, a perda é de 23,36%, número abaixo da média estadual. Já a Cesan, responsável pelo abastecimento de várias cidades do estado, não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem.
Com informações da repórter Vivia Lima, da TV Gazeta Sul.
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