Após a publicação da reportagem, a Prefeitura de Vitória informou sobre os pontos de risco na capital. O texto foi atualizado.
Ruas alagadas, pessoas ilhadas e prejuízo com danos em veículos e imóveis e comércio tomados pelas chuvas que atingem o Espírito Santo. Esse é o cenário visto ano após ano quando chegam os temporais do verão capixaba. Só na primeira semana de 2025, foram registradas variadas ocorrências de interdições de rodovias, imóveis destelhados e famílias fora de suas casas — devido às chuvas, até o início da noite desta quarta (8), pelo menos 288 pessoas ficaram desalojadas e 36 desabrigadas no Estado.
Em uma lista preparada por A Gazeta, é possível conferir quais são as áreas mais propensas aos perigos de acordo com os boletins da Defesa Civil, as informações das gestões municipais da Grande Vitória e também do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Confira a seguir.
Emitido às 17h desta quarta-feira (8), o boletim da Defesa Civil aponta que o Estado tem 13 alertas vigentes para risco de movimento de massa, sendo um de risco alto e os demais com risco moderado. Confira a lista a seguir:
Entre os avisos meteorológicos, válidos até a sexta-feira (10), a Defesa Civil alerta para tempestades e acúmulo elevado de chuvas na Região Sul, na Grande Vitória e na Região Serrana. Segundo as previsões válidas para a noite desta quarta (8) e toda a quinta-feira (9), são esperadas chuvas de até 130 milímetros (mm) em alguns pontos do Estado.
Ainda segundo a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (Cepdec), é considerada alta a probabilidade de ocorrência de movimentos de massa "nas regiões geográficas intermediárias de Vitória, Colatina e São Mateus, devido ao volume de chuva acumulado durante as últimas 72 horas e à previsão de pancadas de chuva intensas com potencial para gerar acumulados elevados".
Nesse cenário, como informa o alerta, são esperados deslizamentos de terra pontuais, especialmente em encostas urbanas e taludes às margens de rodovias, não se descartando a possibilidade de deslizamentos em encostas naturais. Além disso, é considerada moderada a probabilidade de ocorrência de movimentos de massa na região de Cachoeiro do Itapemirim, devido ao volume de chuva acumulado durante a última semana e à previsão de pancadas isoladas que podem ser suficientes para causar deslizamentos de terra pontuais, especialmente em encostas urbanas e eventuais quedas de barreira à margem de rodovias.
Vila Velha: 16 áreas de risco muito alto
12 pontos de deslizamento
2 pontos com risco de queda de rochas
1 ponto de risco de colapso de massa
1 ponto de risco de enchente
Quantidade de pessoas em risco: 13.965
Serra: 2 áreas de risco muito alto e 10 áreas de risco alto
8 pontos com risco de deslizamento
4 pontos com risco de inundação
Quantidade de pessoas em risco: 7.504
Cariacica: 45 áreas de risco muito alto e 47 áreas de risco alto
87 pontos de risco de deslizamento
4 pontos de risco de inundação
1 ponto com risco de eventos ligados a enchentes, rastejo e fluxo de detritos
Quantidade de pessoas em risco: 25.172
Fundão: 7 áreas de risco muito alto e 8 áreas de risco alto
11 pontos de risco de deslizamento
3 pontos de risco de inundação
1 ponto com risco de queda de rochas
Quantidade de pessoas em risco: 4.980
Viana: 12 áreas de risco muito alto e 4 áreas de risco alto
10 pontos de risco de deslizamento
4 pontos de risco de enchente
2 pontos de risco de queda de rochas
Quantidades de pessoas em risco: 8.792
Vitória: a Capital não é incluída nos levantamentos do SGB por ter seu próprio serviço de levantamento de pontos de risco. Procurada pela reportagem, a gestão municipal informou, na tarde de quinta-feira (9), que, conforme o Plano Municipal de Redução de Riscos Geológicos (PMRR), foram identificadas 67 áreas de risco geológico na cidade.
FONTE: Serviço Geológico do Brasil (SGB)
Segundo o Observatório de Clima e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os eventos climáticos extremos são de origem hidrológica, geológica ou geofísica, meteorológicas ou climatológicas. Tais acontecimentos, popularmente conhecidos como “desastres naturais”, envolvem perdas materiais e econômicas, além de danos ao ambiente e à saúde da população.
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