A Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória doou 50 aparelhos smartphones, contribuindo para tornar possível a disponibilização de 50 videolaringoscópios para os hospitais da rede pública estadual, que oferecem menor risco para os pacientes e melhor eficiência para os profissionais de saúde que estão lidando com a pandemia do novo coronavírus.
Aliar criatividade e cooperação para a superação de desafios relacionados à preservação da saúde e à cura de enfermidades, segundo a Receita, foi a premissa que norteou a atuação da alfândega ao apoiar os profissionais do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), vinculado à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em sua iniciativa de montar laringoscópios utilizando peças feitas em impressoras 3D, para que pudessem ser utilizados no tratamento de pacientes durante a pandemia no novo coronavírus (Covid-19).
A destinação de equipamentos médicos ou outras mercadorias que possam atender diretamente às necessidades de saúde e educação da população refletem preocupação antiga da alfândega, que regularmente destina bens apreendidos a entidades que deles necessitam para prestar serviços à comunidade, destaca o delegado da Alfândega Fabricio Betto.
A adaptação do videolaringoscópio foi desenvolvida pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), pela equipe de robótica do Campus Colatina, em parceria com o Hospital Universitário. Mas o aparelho adaptado também é formado por microcâmeras e por um celular que funciona como monitor. As microcâmeras identificadas pelo Hucam podem ser compradas online a um baixo custo (R$ 30). É nessa fase que os 50 celulares destinados pela Alfândega da Receita Federal do Porto de Vitória são importantes para a concretização dessa solução, já que as telas dos smartphones serão o vídeo para possibilitar a impressão do modelo adaptado.
Com o videolaringoscópio será possível realizar a entubação de pacientes que necessitam de ventilação mecânica com menor risco de contaminação e melhor eficiência para os profissionais de saúde, já que resguardam um distanciamento mais seguro de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Pela situação da pandemia, há uma dificuldade mundial em adquirir esses equipamentos prontos no mercado.
Cada equipamento demora 3h30 para ser impresso. A partir de um modelo disponibilizado pelo Hucam, criamos uma opção mais anatômica, com formas mais arredondadas, pensando também em aliviar o desconforto do paciente. Imprimimos duas unidades para teste, se for aprovado, podemos aumentar a produção, explicou o professor Ricardo Tedesco, do Ifes Campus Colatina, responsável pela impressão dos equipamentos.
Além dos 50 smartphones, também foram destinados ao Hospital Universitário 1.051 unidades de óculos que servirão para atender população carente que precisa de armações para óculos de grau.
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