No último boletim médico dos feridos no atentado a escolas de Aracruz, divulgado no início da noite deste domingo (27), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) revela que o quadro da maioria das vítimas internadas em hospitais da rede pública permanece inalterado. Apenas uma das crianças apresentou melhoras. No ataque, quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas.
Internado no Hospital Nossa Senhora da Glória, o Infantil de Vitória, o garoto de 11 anos aparecia em estado grave no boletim apresentado pela manhã. Aluno do Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), ele foi baleado no abdômen no ataque da última sexta-feira (25), mas está evoluindo bem e, agora, apresenta quadro estável e está em uma unidade semi-intensiva.
No mesmo hospital permanece uma adolescente de 14 anos, baleada na cabeça. Ela segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), entubada em grave estado geral.
No Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, estão duas mulheres, com idades de 52 e 45 anos, que seguem internadas em grave estado geral, na UTI, após serem submetidas a cirurgia.
No Hospital de Urgência e Emergência São Lucas, outra mulher de 58 anos permanece com quadro estável. Conforme o boletim médico, a equipe aguarda que ferimentos na perna melhorem para que a paciente seja submetida à nova cirurgia.
Ao todo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu 16 pessoas após o atentado em Aracruz. Treze dessas foram baleadas, das quais quatro morreram.
Devido à Lei Geral de Proteção de Dados, bem como ao princípio da liberdade e da privacidade, a Sesa não informa nomes dos pacientes hospitalizados nem características pessoais. O próximo boletim da Sesa será divulgado na segunda-feira (28) pela manhã.
O atentado ocorreu na manhã de sexta-feira (25), pouco antes das 10 horas, quando um adolescente de 16 anos entrou primeiramente na Escola Estadual Primo Bitti, quebrando o cadeado e invadindo a sala de professores. Lá, ele atirou em 11 pessoas: duas educadoras — Cybele Passos Bezerra, 45 anos, e Maria da Penha Banhos, 48 — morreram no local. A professora Flávia Amboss Merçon Leonardo, de 38 anos, faleceu um dia depois, na tarde de sábado (26).
Ainda na sexta, após o primeiro ataque, o atirador entrou em um veículo modelo Renault Duster, de cor dourada, com as placas cobertas, e foi para o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), a cerca de um quilômetro de distância da instituição estadual. Na escola particular, o criminoso atingiu três pessoas e a aluna Selena Sagrillo Zuccolotto, de 12 anos, morreu na hora.
Filho de policial militar, o adolescente entrou nas escolas usando roupa camuflada e, em uma braçadeira, carregava uma suástica, símbolo do nazismo. Ele planejava o crime havia dois anos, conforme dados iniciais da investigação.
Após ser detido, o adolescente confessou o crime. Ele usou uma arma da Polícia Militar, que pertencia ao pai, e outra particular para atirar em professores e alunos. O nome dele não está sendo divulgado por se tratar de um menor de idade, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
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