Com o fechamento das escolas por causa do avanço dos casos de coronavírus no Espírito Santo, o calendário escolar precisou ser paralisado. Para retomar as atividades e cumprir 800 horas de aulas, distribuídas em 200 dias letivos, mais de 240 mil alunos da rede estadual terão aulas não presenciais aos sábados ao retornarem às escolas.
A forma como o conteúdo será disponibilizado e que tipo de atividades serão desenvolvidas ainda estão sendo estudadas pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
A suspensão das aulas da rede pública estadual começou no dia 17 de março. Já as escolas particulares paralisaram suas atividades no dia 23 de março. O decreto que proibia a abertura das unidades educacionais, inicialmente válidos por 15 dias, foi publicado pelo governo capixaba no dia 16 de março, quando o Estado tinha apenas oito casos confirmados da doença.
Com o aumento do número de pessoas contaminadas, o governo do Espírito Santo foi prorrogando o decreto, o que fez as aulas estarem suspensas há quase dois meses e meio. Até a tarde do último sábado (31), o Espírito Santo já somava mais de 13,4 mil pessoas infectadas pelo coronavírus e 584 óbitos confirmados.
De acordo com o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, foi formado um grupo de trabalho representando todas as modalidades de ensino básico presentes no Estado. Nele estão presentes a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo (Sinep) e União dos Dirigentes Municipais de Educação do Espírito Santo (Undimi).
Neste primeiro momento, está sendo elaborada uma resposta sobre como será a retomada das aulas. "Fizemos uma discussão entre nós e agora vamos avançar com os sindicatos e conselhos", disse o secretário. Ainda segundo ele, ainda não há uma data fechada para o retorno das aulas, mas que a Sedu está planejando uma possível volta a partir de julho. Porém, isso vai depender das orientações das autoridades de saúde.
De acordo com o secretário da Educação, o sábado seria um dia letivo voltado para atividades não presenciais. Segundo ele ter aula presencial implicaria em construir uma logística de transporte escolar para deslocar os alunos às escolas e de preparo de alimentação, que seria mais difícil de resolver.
"Atividades remotas que possam ser consideradas como aula letiva é um cenário muito factível e simples de implementarem e as pessoas aceitarem. Outras opções para cumprirmos o calendário seriam estender a carga horária diária e avançar para 2021, o que é menos aceitável pelas pessoas", explica.
Segundo Angelo, o conteúdo das aulas do sábado ainda serão definidos. Ele aponta que podem haver atividades interdisciplinares, por exemplo, ou temáticas, mas isso ainda vai ser construído e discutido com os profissionais da Educação.
No caso dos sábados, o conteúdo que o aluno terá para fazer em casa vai ser computado como horas e dias letivos como parte do que esta sendo discutido na escola. Esse dia ele vai ser mais um dia de atividades remotas e deve ter a mesma carga horária.
"A carga horária do sábado, a princípio, deve ser equivalente a das atividades presenciais. Tudo indica que será como em um dia letivo da semana", aponta o secretário de Estado da Educação.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta