Há quatro dias a família da diarista e lavradora Clarisse Sales Vicente, de 43 anos, esta morando de favor na casa de parentes. Às vésperas do Natal, a casa onde ela morava com a filha e os dois netinhos, um menino de 3 anos e uma menina de 2 meses, foi alagada pela força das águas da chuva que caíram no dia 24 de dezembro, em Marataízes, Sul do Estado.
Clarisse e sua família residiam na rua projetada do bairro Jacarandá, em frente a creche onde o neto estuda, havia cinco anos. Ela conta que se desesperou ao ver tudo dentro de casa destruído. "Foi meu neto que avisou que a água estava entrando dentro de casa. Conseguimos salvar uma televisão e a geladeira, pois os vizinhos ajudaram a tirar. O resto, foi tudo destruído", lamentou Clarisse.
Pelo chão da casa ficaram os restos do guarda-roupa, brinquedos e roupinhas das crianças. Também é possível ver gavetas, colchões e o sofá, tudo coberto pela lama que veio junto da água, que chegou a um metro de altura no interior da residência, além de uma correnteza forte que ajudou a destruir os móveis.
"É muito triste e desesperador ver tudo que a gente luta anos para conseguir, nossas coisinhas, destruídas em minutos. Agora é cabeça erguida e tentar seguir em frente", desabafou.
Clarisse contou que mora no local há cinco anos, mas que nunca entrou água na residência. Ela acredita que tenha sido o asfaltamento recém instalado na rua que fez com que a água da chuva não escoasse e entrasse na residência.
A Defesa Civil de Marataízes interditou a casa devido à precariedade dos alicerces. A reportagem de A Gazeta tentou contato com a prefeitura para saber o que vai acontecer com essa família e qual a situação da casa e da obra realizadas na rua, que podem ter colaborado para que a água invadisse a residência. Porém, não obtivemos retorno.
Amontados de favor em uma casa de parentes, Clarisse e sua família têm recebido apoio de um grupo de professores da comunidade.
"Em um grupo de aplicativo de conversas, uma professora postou imagens da família tirando água dos cômodos. Cada um está tentando fazer o que pode, se mobilizando. Eu vou fazer um sorteio para levantar dinheiro, outra professora está recolhendo doações de roupas e assim tentando dar um pouco de dignidade", afirmou a professora Adriana Viana.
Quem quiser colaborar com a família, com roupas, inclusive para bebês, e comida pode entrar em contato com a Clarisse pelo telefone (28) 99942-3906.
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