Um adolescente de Vargem Alta, na Região Serrana do Estado, recebeu nesta quarta-feira (22) um notebook e um celular, após uma ação solidária. Os equipamentos são fruto de uma ação de amigos e professores que se sensibilizaram com a história do aluno Fernando Júnior Costa Golveia, de 17 anos. Sem acesso aos conteúdos na internet para estudar, o jovem chegou a comentar que poderia deixar a escola neste ano.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais seguem suspensas e os conteúdos são repassados por apostilas, aulas em canais de TV e pela internet.
Amigo desde a infância, Thiago Jacone Santos, de 17 anos, que estuda no 3º ano do ensino médio, começou a sentir falta do colega Fernando quando começaram as videoaulas da Escola Estadual Presidente Luebke, em Vargem Alta. Foi quando Fernando comentou com o colega que estava com dificuldades na execução das tarefas, pois não tinha acesso aos conteúdos na internet, sem computador, nem celular em casa.
As aulas online por videochamada começaram na última semana e ele já não conseguia participar. Antes, tinham as apostilas, mesmo assim tinha dificuldades, pois alguns conteúdos estavam na internet. Chegou a falar que não conseguia acompanhar as atividades e, se fosse preciso, terminaria o ano à noite, contou.
Professores e alunos começaram a corrente do bem e promoveram uma vaquinha virtual para arrecadar dinheiro para a compra de um computador. Fernando é um aluno dedicado e que se destaca. Tanto que ficamos condoídos pela sua falta. Conseguimos arrecadar R$ 2 mil. Compramos um notebook, o celular foi doado e a internet estamos providenciando com uma empresa da cidade, contou o professor de geografia Morgan Santiago.
A entrega aconteceu na casa do adolescente nesta tarde. Fernando Júnior Costa Golveia agradeceu o carinho dos professores e amigos. "Caramba. Não esperava a surpresa. Obrigada a todos que ajudaram. Agora vai ser mais fácil continuar estudando", disse o jovem ao receber os presentes.
Segundo o professor Morgan Santiago, além do valor arrecadado, há pessoas ainda doando celulares e computadores usados. A ideia, para o educador, é ajudar mais alunos e propagar a iniciativa.
A ação cresceu rápido e isso pode incentivar mais doações. Muitos têm mais de um celular em casa, que poderia ser útil para outras crianças e, às vezes, é o suficiente para o aluno ter acesso ao conteúdo em casa, comentou Santiago.
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