A idosa Nair Magioni, que morreu eletrocutada após a queda de um fio de energia em Ponta da Fruta, em Vila Velha, não é a primeira vítima de um acidente fatal envolvendo a rede elétrica da região. No início deste ano, um cachorro morreu no local, também ao ser atingido por um cabo que se desprendeu do poste.
De acordo com moradores, o animal morreu no dia 2 de fevereiro. "Daquela vez, partiu o cachorro no meio. O cachorro ficou jogado ali (no meio da rua). Depois, cavamos um buraco e enterramos ele na beira da praia", contou Augusto Cesar Guimarães, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo desta quinta-feira (27).
Para além desses dois episódios, quem vive no bairro relata que houve ainda uma terceira queda de fio elétrico na Rua Amazonas, mais antiga. "A gente sempre liga, fala que é urgente, eles vêm, resolvem, mas acontece de novo. A EDP precisa dar um parecer, fazer uma coisa mais segura", reclamou Augusto.
Questionada sobre os problemas e a manutenção na rede elétrica em Ponta da Fruta, a empresa afirmou apenas que "em casos de ocorrências, a concessionária deve ser contatada imediatamente pelo site, pelo aplicativo EDP Online ou pela Central de Atendimento, no telefone 0800 721 0707".
No final da tarde dessa quarta-feira (26), a idosa Nair Magioni, de 65 anos, estava saindo de uma horta comunitária na Rua Amazonas quando um fio de alta tensão se desprendeu da rede e a atingiu. Um homem que estava no local tentou ajudá-la, mas não conseguiu. Ela morreu eletrocutada, na hora.
Integrante da Guarda Municipal de Vila Velha, o subinspetor Meneli afirmou que quando a equipe chegou ao local, a vítima já estava sem vida. "Infelizmente, constatamos o rompimento desse cabo e pudemos observar que ela já tinha ido a óbito. Ainda estava passando tensão no fio. Não pudemos fazer nada", disse.
No local, já estava um funcionário da EDP que fez o contato com a concessionária e desligou a rede elétrica. Por meio de nota, a empresa apenas afirmou que "se solidariza com os familiares da vítima e que está apurando o ocorrido". Não foi dada uma previsão para que a energia seja restabelecida na região.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber se a morte seria investigada. Por nota, a PC respondeu que o caso foi registrado como morte acidental, não sendo competência da Polícia Civil a instauração de procedimento investigatório. Informou que, nessas situações, a responsabilização se dá em esfera cível, cabendo à parte ofendida ou seu representante a adoção de providências cabíveis.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta