Após ter as atividades suspensas devido a um ataque brutal na última sexta-feira (25), que resultou na morte de três professoras, a Escola Estadual Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, vai reabrir as portas a partir da próxima semana. A unidade de ensino está sendo preparada para receber alunos e profissionais que quiserem retornar ao ambiente escolar depois da tragédia provocada por um adolescente de 16 anos, que invadiu a escola e atirou em mais de dez pessoas.
A escola está passando por intervenções físicas, para acolhimento da comunidade escolar, e terá também uma equipe multidisciplinar da área de saúde para promover atendimento aos que assim desejarem. No entorno da Primo Bitti, assim como em outras escolas do município, haverá reforço no policiamento para aumentar a sensação de segurança de alunos, professores e servidores da Educação. A presença dos militares será diária até o fim do ano letivo.
Essas são algumas das ações definidas em reunião da Sala de Situação, que organiza as medidas desenvolvidas nas áreas de Educação, Saúde, Segurança Pública e Assistência Social. O objetivo do grupo é auxiliar nas tomadas de decisões para dar o apoio prioritário às vítimas, aos familiares e à comunidade escolar afetados pelos atentados.
No total, o plano prevê quatro públicos-alvo, o primeiro deles as escolas diretamente atingidas como a Primo Bitti, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC) e a escola municipal Coqueiral, vizinha da Primo Bitti. Os outros públicos são as escolas não atingidas de todas as redes, familiares e profissionais que prestaram atendimento às vítimas do atentado.
Foram definidas que as ações serão desenvolvidas em quatro fases, tendo como referência o calendário escolar. A semana 1 vai até o dia 4 de dezembro, considerada a fase crítica, em que a escola fica sem funcionar. Nesse momento, estão sendo feitas pequenas intervenções na estrutura, como mudança da sala dos professores — local do atentado — pintura e cobertura da marca dos tiros.
Na fase 2, que começa na próxima segunda-feira (5) e segue até 25 de dezembro, a Primo Bitti reabre e, segundo o secretário Vitor de Angelo, para quem deseja voltar caso queiram abraçar ou rever colegas. Nesse período, não estão previstas aulas. Para que os cerca de 800 alunos possam cumprir os últimos dias letivos, exigência da legislação federal para que avancem de série, serão oferecidas atividades não presenciais, nos mesmos moldes do que foi aplicado durante o período mais crítico da pandemia.
A terceira fase vai de 26 de dezembro a 31 de janeiro, quando será definido o que vai ser feito no período de férias e o planejamento para 2023. Nessa etapa, haverá ações pensadas tanto para a escola de Aracruz quanto para o restante da rede estadual, segundo o secretário Vitor de Angelo.
Já a fase 4 é iniciada na décima semana, começo do novo ano letivo. A Escola Primo Bitti, conforme a singularidade do caso, deverá receber uma atenção diferenciada em 2023.
Para quem precisar de ajuda no caso do atentado às escolas de Aracruz, foi criado um e-mail para que as demandas sejam encaminhadas: [email protected].
Participaram da apresentação dos planos os secretários de Estado da Educação, Vitor de Angelo; da Segurança Pública e Defesa Social, Márcio Celante Weolffel; da Saúde, José Tadeu Marino; de Assistência e Desenvolvimento Social, Cyntia Figueira Grillo; além das secretárias municipais de Educação, Jenilza Spinassé Morellato; de Desenvolvimento Social e Trabalho, Iohana Kroehling; e de Saúde de Aracruz, Rosiane Scarpatt Toffoli.
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Na manhã de sexta-feira (25), ataques foram feitos no bairro Coqueiral de Aracruz, no Norte do Estado. O atirador, um adolescente de 16 anos, fez vítimas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).
Câmeras internas do circuito de segurança do colégio particular mostram o criminoso entrando na escola com uma roupa camuflada, uma máscara no rosto e uma arma em punho. Toda a ação dura cerca de um minuto. Em seguida, ele foge em um carro dourado.
Filho de um policial militar, o adolescente é ex-aluno na Escola Primo Bitti e afirmou que agiu motivado por bullying. Investigações apontam ligação dele com o nazismo. Após o ataque, voltou para casa e almoçou normalmente. Ele foi preso na própria sexta-feira (25).
Até o momento, os tiros dados pelo adolescente deixaram quatro mortos e 12 feridos, entre estudantes e professores. Além das cinco pessoas que seguem internadas, duas tiveram alta nessa segunda-feira (28). As demais vítimas foram atendidas e liberadas no próprio dia do ataque.
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