Há três anos, uma enchente danificou a estrutura do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) José de Anchieta, em Alfredo Chaves, na Região Serrana do Espírito Santo. O imóvel precisou ser demolido e um novo espaço foi prometido aos pais. Porém, os filhos estudam em local improvisado, o que desagrada aos responsáveis.
Uma mãe, que optou por não se identificar, disse que tem uma filha de 4 anos estudando no imóvel improvisado. “São duas ou três turmas no mesmo espaço. Ele é como uma casa, não há refeitório e as crianças comem no corredor, em duas etapas, pois não cabem todos. Às vezes 9h30 já é almoço”, disse a mãe.
Por não comportar todas as turmas neste espaço, parte dos alunos foi direcionada para a escola municipal Ana Araújo e dividem o espaço com alunos do ensino fundamental, prejudicando, segundo ela, o andamento das atividades e do desenvolvimento das crianças.
Além disso, a mãe alega que o local não tem boa ventilação e o pátio para as atividades físicas é o jardim em frente ao imóvel, este alugado pelo município. “Os pais não entendem por que a obra nunca acaba”, complementa a mãe.
O terreno da nova escola, no bairro Santa Terezinha, segundo informações do site da prefeitura, foi adquirido com recursos próprios e possui uma área de 4.832,28 metros quadrados. Em 2021, as obras, feitas em parceria com o Governo do Estado, por meio da Sedu, tinham prazo de execução de 450 dias e custaria o valor total de R$ 2 milhões.
A antiga escola estava localizada próxima ao Rio Benevente e, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, sofria com os alagamentos das enchentes, causando prejuízos desde perdas de equipamentos de informática, mobília, documentos, além de danos na estrutura, ao ponto de precisar alugar um espaço para as aulas de 2020.
A reportagem questionou sobre a previsão de conclusão das obras e o custo do local improvisado até hoje, mas não houve retorno da demanda por parte da prefeitura.
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