Os vizinhos do prédio que corre risco de desabar no bairro Nova Itaparica, em Vila Velha, poderão voltar para as suas casas nesta semana, até a próxima sexta-feira (5), após a finalização de uma obra de escoramento na estrutura. Já os moradores do prédio afetado ainda vão seguir sem autorização para retornarem para suas casas.
As informações foram passadas pelo coordenador adjunto da Defesa Civil de Vila Velha, Afonso Belenda, em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta segunda-feira (1º).
"Se espera que essa preparação do pavimento, que se chama escoramento, seja finalizado até quinta (4) ou sexta-feira (5). A construtora Santos tem trabalhado diuturnamente. Vale ressaltar que os moradores que estão em volta, no raio de 40 metros, saíram de suas casas por conta do perigo, mas esse perigo está diminuindo porque o prédio está sendo escorado. Isso acontecendo, os munícipes que saíram de suas casas poderão retornar", explicou o coordenador adjunto.
Já os moradores do prédio com risco de desabar poderão ir ao imóvel apenas para pegar pequenos pertences. Essa ida ao apartamento será fiscalizada pela Defesa Civil, e o coordenador adjunto voltou a reforçar que o retorno dos vizinhos do prédio será feito com segurança.
"O serviço prestado de escoramento não é simples, é feito por profissionais. Foi feito um projeto de engenharia e todo o pavimento será escorado. A partir do escoramento, o risco disso acontecer (do prédio cair) vai lá para baixo", destacou.
Na última semana, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) esteve no local para vistoriar o prédio de cinco andares e o entorno. Foram verificadas algumas colunas com esmagamento e colapso na estrutura. O Conselho informou que entre as divergências de execução em relação ao projeto inicial do prédio, está o uso de menos aço na estrutura das colunas do que o projeto previa.
"O que vimos foi de 30 a 40% do dimensionamento previsto no projeto. Ou seja, tem menos da metade da quantidade de aço que deveria ter. O próprio dimensionamento externo das colunas está reduzido, então os pilares suportam menos peso e acabaram, por isso, sendo esmagados. Além disso, o projeto previa 20 cm x 60 cm de dimensionamento das pilastras e de fato tem 20 cm x 40 cm. Outro ponto é que onde era para ter, pelo projeto, 16 hastes de aço, tem somente 6. É uma discrepância muito grande. E tem outros prédios no entorno sendo construídos pela mesma construtora. Já estamos olhando", alertou o gerente de relacionamento do conselho, Giuliano Battisti
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