Cinco dias após anunciar a expansão de 300 leitos UTI/enfermaria para tratamento de pacientes de Covid-19 e gripe, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, voltou a chamar atenção para um aumento na pressão hospitalar no Espírito Santo. Em pronunciamento nesta segunda-feira (10), o secretário disse que o Estado vive um comportamento novo e diferente, impulsionado pela predominância da Ômicron - que representa 97% dos casos da Covid, além da epidemia de gripe enfrentada desde a segunda quinzena de dezembro.
Na avaliação de Nésio Fernandes, as festas de fim de ano serviram como um "gatilho" para o aumento do número de casos de Covid-19. O aumento de casos gera um efeito em cadeia de buscas por testes, consultas, medicamentos, atendimento médico e internações — nos casos mais graves — que tem chamado a atenção das autoridades pela velocidade, pressionando todo o sistema ambulatorial e hospitalar.
Números apresentados durante pronunciamento mostram que a quantidade de casos da Covid-19 cresceu entre o fim do mês de dezembro e o início de 2022. O aumento de casos gerou maior procura por testes e, consequentemente, risco ao sistema hospitalar.
Apesar da previsão, Nésio ressalta que a pressão hospitalar projetada para as próximas semanas está dentro das capacidades do Estado de garantir acesso aos pacientes. O alerta, assim com a expansão de leitos, serve justamente para evitar o que o secretário chamou em ocasiões anteriores de "cenário de maior complexidade".
A previsão é que mais pessoas busquem atendimento médico nas próximas semanas por conta de sintomas respiratórios. Mas o aumento nas internações já pode ser percebido, de acordo com o secretário.
Informações divulgadas no pronunciamento dão conta que no dia 20 de dezembro, 126 pacientes estavam internados em Unidades de Terapia Intensiva no Estado. O número, como mostra o Painel Covid-19, chegou a 279 no domingo (9). Foram 153 pessoas a mais internadas em UTIs do Espírito Santo no período.
Veja abaixo a atual ocupação de leitos Covid no Espírito Santo. São considerados apenas os leitos disponíveis, sem considerar as possíveis futuras ampliações.
O secretário de Saúde classifica como uma "fortaleza" a cobertura vacinal alcançada pelo Espírito Santo contra a Covid-19. Segundo Nésio, o impacto da nova expansão de casos e óbitos deverá ser mitigada principalmente pelas vacinas disponíveis.
"Temos um percentual de cobertura vacinal que protege a população, dando resposta imunológica no combate à Covid-19", comenta.
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