Detentos da Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3), que fica no complexo de Xuri, fizeram três dias de greve de fome em protesto por conta das marmitas fornecidas na unidade. A Gazeta apurou que a manifestação se iniciou na noite de sábado (26) e terminou na manhã desta quarta-feira (30). A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) afirmou que vai apurar as denúncias sobre a má qualidade da alimentação.
Familiares de detentos afirmam que as marmitas chegam estragadas para os presos, além de a comida ser de má qualidade e disponível em pouca quantidade.
A esposa de um deles, que não quis se identificar, conta que o marido chegou a passar mal após comer a marmita. “A alimentação de lá vem azeda, vem com água, vem pouco. Ele (marido) fala que está com dor de estômago. Ele disse que pediu um médico e não aceitam levar”, relata.
Fontes que atuam no sistema prisional afirmam que a greve de fome foi aderida por praticamente todos os internos da unidade. Na última segunda-feira (28) houve uma escalada na tensão dentro da PEVV3 e a equipe de Operações Táticas da Sejus esteve no local.
Em geral, essa equipe é responsável por gerenciar intervenções nas unidades prisionais em situações de crise.
Do lado de fora da PEVV3, familiares de detentos se reuniram preocupados com o que estava acontecendo lá dentro. Em um vídeo gravado por um deles é possível ouvir estouros e gritos dos internos.
A Sejus afirmou que em virtude da situação, visitas íntimas previstas para segunda (28) e terça-feira (29) foram suspensas na unidade.
Em nota, a secretaria afirmou que apenas alguns internos se recusaram a comer e que ninguém ficou ferido durante a ação da equipe de Operações Táticas, que teria sido acionada para “compreender as reinvindicações e acompanhar a manifestação, a fim de garantir a segurança no ambiente prisional”.
Sobre as marmitas, a pasta garante que vai averiguar as denúncias, mas diz que “os cardápios ofertados aos detentos são baseados em padrões de qualidade, elaborados e supervisionados por nutricionistas, seguindo rígido controle de fiscalização.”
A Sejus ressaltou ainda que as unidades prisionais são fiscalizadas pelos órgãos de controle da execução penal e que atua pautada na Constituição e na Lei de Execuções Penais.
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