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Após greve de fome de presos em Xuri, Sejus vai apurar queixas sobre comida ruim

Após greve de fome de presos em Xuri, Sejus vai apurar queixas sobre comida ruim

Familiares de presos relatam que a comida das marmitas chega azeda para os detentos e em pouca quantidade

Publicado em 30 de março de 2022 às 19:42

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Presídio de Xuri, em Vila Velha
Presídio de Xuri, em Vila Velha. (Fernando Estevão)

Detentos da Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3), que fica no complexo de Xuri, fizeram três dias de greve de fome em protesto por conta das marmitas fornecidas na unidade. A Gazeta apurou que a manifestação se iniciou na noite de sábado (26) e terminou na manhã desta quarta-feira (30). A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) afirmou que vai apurar as denúncias sobre a má qualidade da alimentação.

Familiares de detentos afirmam que as marmitas chegam estragadas para os presos, além de a comida ser de má qualidade e disponível em pouca quantidade.

A esposa de um deles, que não quis se identificar, conta que o marido chegou a passar mal após comer a marmita. “A alimentação de lá vem azeda, vem com água, vem pouco. Ele (marido) fala que está com dor de estômago. Ele disse que pediu um médico e não aceitam levar”, relata.

Após greve de fome de presos em Xuri, Sejus vai apurar queixas sobre comida ruim

Fontes que atuam no sistema prisional afirmam que a greve de fome foi aderida por praticamente todos os internos da unidade. Na última segunda-feira (28) houve uma escalada na tensão dentro da PEVV3 e a equipe de Operações Táticas da Sejus esteve no local.

Em geral, essa equipe é responsável por gerenciar intervenções nas unidades prisionais em situações de crise.

Do lado de fora da PEVV3, familiares de detentos se reuniram preocupados com o que estava acontecendo lá dentro. Em um vídeo gravado por um deles é possível ouvir estouros e gritos dos internos.

A Sejus afirmou que em virtude da situação, visitas íntimas previstas para segunda (28) e terça-feira (29) foram suspensas na unidade.

Em nota, a secretaria afirmou que apenas alguns internos se recusaram a comer e que ninguém ficou ferido durante a ação da equipe de Operações Táticas, que teria sido acionada para “compreender as reinvindicações e acompanhar a manifestação, a fim de garantir a segurança no ambiente prisional”.

Sobre as marmitas, a pasta garante que vai averiguar as denúncias, mas diz que “os cardápios ofertados aos detentos são baseados em padrões de qualidade, elaborados e supervisionados por nutricionistas, seguindo rígido controle de fiscalização.”

A Sejus ressaltou ainda que as unidades prisionais são fiscalizadas pelos órgãos de controle da execução penal e que atua pautada na Constituição e na Lei de Execuções Penais.

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