O terceiro andar do prédio localizado em Jardim Camburi, que teve um apartamento incendiado na manhã desta segunda-feira (2), foi interditado pela Defesa Civil. Após perícia, o órgão constatou que outros três apartamentos foram afetados e, no total, sete pessoas estão desalojadas.
Ainda segundo a Defesa Civil, a administração condomínio já foi informada sobre a realização de intervenções necessárias para seja feita a liberação do andar interditado. O conjunto de prédios onde ocorreu o incêndio está localizado na Avenida Dr. Herwan Modenese Wanderley, próximo ao Hospital Maternidade Santa Paula. A suspeita é de que um homem tenha incendiado o local.
Segundo testemunhas o incêndio começou por volta das 10h30 e com a força da explosão janelas, portas e até aparelhos de ar-condicionado foram arremessados, caindo nas áreas comuns do condomínio.
Os apartamentos vizinhos ao incendiado ficaram bastante danificados e em um imóvel localizado em frente, a porta de entrada foi arremessada para a sala, em consequência da explosão. Não houve vítimas.
Por volta das 11h30, o incêndio já havia sido controlado pelos bombeiros. Vídeos feitos por moradores mostram a forte coluna de fumaça preta saindo dos apartamentos. Com a força das chamas, janelas, portas e equipamentos de ar condicionado voaram e caíram no chão das áreas comuns do condomínio.
Por causa da grande quantidade de fumaça inalada, três pessoas precisaram de atendimento médico, incluindo o síndico do prédio. Embora muito ferido, o proprietário do apartamento onde aconteceu o incêndio recusou a ajuda dos vizinhos e saiu do local dirigindo o próprio carro.
Durante a tarde, o Corpo de Bombeiros esteve no Residencial Club Jardim Camburi para fazer o trabalho de rescaldo dos apartamentos e de perícia. O prazo mínimo para que o laudo seja concluído é de 30 dias. "Somente após finalizado, informações serão repassadas", informou a Corporação, por meio de nota.
Horas depois de sair com queimaduras do apartamento, o dono do imóvel incendiado foi encontrado morto em uma rua do bairro Mata da Praia, também em Vitória. Identificado como Marcelo Agostinho Gonçalves, de 52 anos, ele é o principal suspeito de ter causado o fogo.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo dele foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) da Capital e liberado por parentes. Segundo familiares, ele era dono de uma oficina, formado em direito e tinha um filho. Na ocorrência registrada pela Polícia Militar, o caso é tratado como suicídio.
*Mônica Moreira é aluna do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob orientação do editor Vilmara Fernandes.
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