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Após interdição, quiosque tem contrato encerrado em Vila Velha

Após interdição, quiosque tem contrato encerrado em Vila Velha

Prefeitura afirma que estabelecimento estava descumprindo normais legais de funcionamento e desrespeitando a legislação ambiental

Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 17:29

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Quiosque foi interditado no final de 2024
Quiosque foi interditado no fim do ano passado pela prefeitura, que aponta série de infrações. (João Barbosa)
João Barbosa
Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br

Um mês após ser interditado por crimes ambientais e mais uma série de infrações, o Quiosque do Vitalino teve seu contrato encerrado pela Prefeitura de Vila Velha. Segundo a gestão municipal, o espaço instalado na Praia de Itaparica é alvo de um processo de rescisão unilateral do contrato.

O interesse em encerrar a concessão já havia sido comunicado pela Prefeitura de Vila Velha quando a interdição foi anunciada em dezembro de 2024. Nesta sexta-feira (31), a administração da cidade confirmou para A Gazeta o andamento do processo e sinalizou que o proprietário já foi notificado da decisão.

Segundo a Prefeitura de Vila Velha, o motivo para a interdição e o consequente fim do contrato se baseia em função de o estabelecimento estar descumprindo normais legais de funcionamento, bem como desrespeitando a legislação ambiental, já que teria invadido e desmatado uma área de restinga da praia. De acordo com a administração municipal, pelo menos quinze boletins de ocorrência estão registrados em relação ao local. Em um deles, ainda é destacada a conduta de desobediência, resistência e desacato por parte do proprietário.

Após interdição, quiosque tem contrato encerrado em Vila Velha

“Além de crimes ambientais, também vêm sendo registrados, através da fiscalização, outras irregularidades, a exemplo de não cumprimento das normas sanitárias. Foram encontrados no estabelecimento, na última fiscalização, alimentos sem procedência, sem identificação e validade, além de um ambiente de manipulação inadequado, sujo e sem organização”, divulga a gestão canela-verde.

O quiosque também foi alvo de reclamações da vizinhança por conta de barulho e confusões no local. Em um único dia, o estabelecimento chegou a receber 11 notificações e três autos de infrações e apreensão de materiais, conforme cita a prefeitura.

“A Prefeitura de Vila Velha, por meio dos seus órgãos de fiscalização, já fez diversas notificações e ofereceu todas as condições para que o proprietário do estabelecimento se enquadre dentro da legislação, como fazem os demais quiosques da orla. Porém, o que vem se registando é um constante desrespeito às normais municipais e federais”, cita a prefeitura.

Procurada por A Gazeta, o gestor do quiosque não atendeu as ligações em busca de informações sobre a decisão da prefeitura. O espaço segue aberto para manifestação.

Clientes opinam sobre o fechamento

Quiosque foi interditado no final de 2024
Quiosque foi interditado no final de 2024; em 2020 espaço também foi interditado após explosão com vítimas. (João Barbosa)

Na tarde desta sexta-feira (31), a reportagem de A Gazeta foi até o local e constatou que o quiosque está cercado por tapumes e tem um adesivo que sinaliza a interdição oficializada no fim de 2024. Ao redor do espaço, vizinhos e ex-clientes demonstraram estranheza com o encerramento das atividades do quiosque.

“Era um local bacana, exceto pelo barulho que causava para quem mora aqui em frente. É ruim que tenham encerrado as atividades porque diminui a movimentação aqui da orla”, comentou o arquiteto Maxwell Martins.

Também ex-frequentador do espaço, o construtor Daniel Oliveira destaca que o quiosque gerava atrativos para a região de Itaparica. Entretanto, defende que o espaço precisa estar em dia com a legislação para que continue em funcionamento.

“Se o contrato foi encerrado por irregularidades, alguma coisa está errada. O jeito é acatar a decisão, acertar o que estar errado e voltar a funcionar da maneira correta”, frisou.

As regras descumpridas pelo quiosque

Segundo sinalizado pela prefeitura vila-velhense na interdição do espaço, a quantidade de cadeiras e mesas ultrapassava o número permitido pelas regras do município. Algumas eram colocadas até no calçadão e bancos ficavam perto da área de restinga, podendo estar descumprindo uma lei ambiental, conforme a administração.

A prefeitura ainda destaca que a interdição de 2024 não foi a primeira no espaço. Em 2020, o local também foi alvo da ação depois de uma festa no Réveillon que resultou em pessoas feridas após uma explosão durante uma queima de fogos. O estabelecimento não possuia autorização para uso dos materiais pirotécnicos.

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