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Após manifestação, viagem de trem do ES para Minas é suspensa

Após manifestação, viagem de trem do ES para Minas é suspensa

Protesto ocupou trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas, em Baixo Guandu, até por volta das 22h de quarta. Quem iria viajar, pode remarcar ou pedir reembolso

Publicado em 17 de março de 2022 às 11:58

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Estrada de ferro Vitória a Minas é interditada por manifestantes em Baixo Guandu
Estrada de ferro Vitória a Minas foi interditada por manifestantes em Baixo Guandu. (Leitor | A Gazeta)

A circulação da linha de trem de passageiros que liga Cariacica a Barão de Cocais, em Minas Gerais, foi suspensa nesta quinta-feira (17). Segundo a Vale, que opera a viagem, a decisão foi tomada por conta da ocupação de manifestantes ocorrida na quarta-feira (16), em um trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), em Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo.

A linha, normalmente, sai da Estação Pedro Nolasco, em Cariacica, às 7h. Não foi o que aconteceu desta vez. O protesto permaneceu na via férrea até cerca de 22h, quando a Polícia Militar informou que havia uma liminar que não permitia a realização de atos no local.

O QUE FAZER

Os passageiros que tinham passagem comprada podem remarcar o bilhete ou pedir o reembolso do valor investido na compra da passagem no prazo de até 30 dias. Mais informações podem ser solicitadas por meio do Alô Ferrovias 0800 285 7000 ou pelo WhatsApp (27) 99503-5918. A circulação no sentido Barão de Cocais (MG) e Cariacica está mantida.

MANIFESTAÇÃO

Um protesto interditou a Estrada de Ferro Vitória a Minas em Baixo Guandu, no Noroeste do Estado, na tarde desta quarta-feira (16). Os manifestantes pedem indenização pelos impactos causados pela tragédia do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em Minas Gerais, que era da Samarco (mineradora da Vale e BHP). A tragédia ocorreu em novembro de 2015.

Por conta da manifestação, a circulação do trem de passageiros no sentido Barão de Cocais (MG) - Cariacica (ES) precisou ser interrompida na quarta. A Vale informou que está tomando as medidas necessárias para garantir que todos os passageiros cheguem aos seus destinos.

Por nota, a mineradora afirmou que o diálogo com as comunidades está sendo conduzido pela Fundação Renova, criada para gerir e executar as ações de reparação às pessoas afetadas pelo rompimento da barragem. 

O QUE DIZ A FUNDAÇÃO RENOVA

Por nota, a Fundação Renova informou que, somente em Baixo Guandu, 7.600 pessoas já receberam o auxílio. Veja a nota na íntegra:

"A Fundação Renova esclarece que considera legítima qualquer manifestação popular, coletiva ou individual e reafirma que possui o diálogo como prática norteadora de suas ações.

A Fundação Renova informa ainda que comunicou a atualização de dados para correção de pagamentos do Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) a pessoas que não comprovaram perda de renda e interrupção das suas atividades produtivas e econômicas decorrentes diretamente do rompimento da barragem de Fundão.

Para isso, solicitou documentos que possibilitassem a verificação do dano e demais requisitos definidos nas cláusulas do TTAC que regem a concessão e pagamentos do Auxílio Financeiro Emergencial. O prazo para a apresentação da documentação foi de 30 dias a partir do recebimento/conhecimento da comunicação. Após este prazo foi concedido mais 30 dias de pagamento de AFE, com posterior cessação do auxílio.

Quanto aos Lucros Cessantes, as pessoas que têm direito serão informadas sobre os pagamentos diretamente pela Fundação Renova.

Até janeiro de 2022, foram pagos R$ 20,2 bilhões nas ações de reparação e compensação. Desse valor, R$ 8,73 bilhões foram destinados ao pagamento de indenizações, incluindo lucros cessantes e auxílios financeiros emergenciais para cerca de 368,5 mil pessoas.

Em Baixo Guandu, até janeiro deste ano, foram pagos R$ 667 milhões em indenização e Auxílios Financeiros Emergenciais (AFEs) para mais de 7.600 pessoas".

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