"Vi minha avó sem sair da cama, de fralda e chegamos ao ponto de ter que dar soro nela na seringa de tão fraca que ficou", recorda-se Emanuelle Cupertino, de 20 anos, ao descrever o momento mais difícil da família, quando a avó, Antônia Ana Soares Cupertino, de 88 anos, teve Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
Foram 33 dias de muita angústia. Sem a indicação de um médico para que fosse internada, Dona Antônia e os parentes viram uma inofensiva tosse aumentar a cada dia. "Levamos ao posto de saúde e o médico passou remédios para amenizar a tosse. Vovó passou pelo exame que atestou a Covid-19, mas voltamos com ela pra casa pois disseram que não seria necessário", detalhou a neta.
Moradora do bairro Jesus de Nazareth, em Vitória, dona Antônia está sem falar há seis anos devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Aos 88 anos, ela já sofreu outros quatro AVCs e teve de colocar no coração uma ponte de safena que precisou de 12 horas de cirurgia.
"O fato dela ter tido esses problemas de saúde era o que mais nos afligia, em especial uma das minhas tias que era quem ficava com ela o tempo todo. Com a Covid-19, vovó perdeu 17 quilos, pois o pulmão debilitado a impedia de querer comer ou beber", detalhou Emanuelle.
Apesar de a saúde da idosa ter sido testada tantas vezes, ela venceu mais uma batalha. Com muito esforço, cuidado e amor dos filhos e netos, elas se curou após 33 dias debilitada.
"Nós não estávamos preparados para perdê-la. Agora, vovó está fortinha, bebe e come muito bem, anda e toma banho sozinha. Ainda está se recuperando, mas logo estará como antes. Deus é muito maravilhoso e faz milagres. Minha avó é um milagre bem grandão", disse a neta, feliz em ver a avó bem de novo.
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