Repórter / anunes@redegazeta.com.br
Publicado em 21 de abril de 2025 às 16:23
Em uma viagem de férias pela Itália, os jornalistas Fabíola de Paula e Mário Bonella, apresentadores do Bom Dia ES, da TV Gazeta, foram agraciados com a bênção do papa Francisco ao final da missa do Domingo de Ramos, na manhã de 13 de abril. A aparição do santo padre, que morreu na madrugada desta segunda-feira (21), foi inesperada e provocou uma onda de emoção em quem assistia à celebração.
Fabíola, admiradora de Francisco desde o início do pontificado pela dedicação aos mais pobres e respeito à diversidade, já havia feito uma viagem bate-volta a Aparecida (SP), para vê-lo durante a jornada da juventude, em 2013. Quando decidiram viajar à Itália neste ano, tinha a esperança em poder revê-lo de perto, embora soubesse da frágil condição de saúde do pontífice.
No dia em que chegaram a Roma, Fabíola e Mário foram direto para a Praça de São Pedro, diante da basílica de mesmo nome, onde são realizadas as missas papais, no Vaticano. Naquela data, não houve celebração e os jornalistas fizeram passeios a museus. Nos dias que se seguiram, conheceram outras cidades e, depois, retornaram a Roma.
Era Domingo de Ramos quando os apresentadores se prepararam para visitar a basílica e, na praça, viram uma enorme fila se formando, por volta das 8 horas, e se deram conta que haveria missa. Centenas de cadeiras estavam dispostas diante da igreja para a celebração, mas, em nenhum momento, foi anunciado que Francisco estaria presente.
"A gente acordou cedinho e nosso intuito era conhecer a basílica. Tinha a esperança de vê-lo na janelinha da biblioteca, na hora do Angelus (oração da paz feita pelo papa, todo domingo, ao meio-dia), mas tivemos a grata surpresa de que haveria a missa", recorda-se Fabíola.
Os dois entraram na fila e se acomodaram nas cadeiras. Antes da celebração, que começou por volta de 9h30, os fiéis rezaram o terço. Pessoas de diversas nacionalidades compartilhavam daqueles momentos com Fabíola e Mário, mas nada indicava que o papa iria participar.
Até que uma movimentação intensa de fotógrafos e cinegrafistas chamou a atenção dos apresentadores. Não demorou muito e Francisco surgiu em uma cadeira de rodas para abençoar quem ali estava. A voz saiu um pouco embargada, mas emocionou a todos.
"Foi um aparecimento muito rápido, mas muito significativo também. Uma bênção que vale para vida. Eu ficaria feliz se ele tivesse aparecido só na janela. Fomos para lá com o intuito de fazer a visita à basílica e saímos abençoados. Foi lindo, lindo! Mais que lindo, emocionante. No fim, a gente só via as pessoas, de todas as partes do mundo, enxugando as lágrimas dos olhos", conta Fabíola, novamente emocionada.
Depois da bênção, o papa ainda circulou entre alguns fiéis, ato que repetiria pela última vez no Domingo de Páscoa, véspera de sua morte, aos 88 anos.
Mesmo sem uma ligação tão forte com o papa como Fabíola, Mário Bonella ressalta que estar na missa, na hora em que Francisco aparece, foi de fato emocionante. "Foi tudo inesperado, simbólico, uma energia diferente. Ele era um papa diferente", observa.
Foi Mário quem deu a notícia da morte para Fabíola, que destaca a importância da liderança do papa Francisco por um mundo menos violento e de amor ao próximo. "Amanheci muito triste. Um vazio estranho, como se fosse alguém da família. Espero que o próximo papa mantenha o legado dessa luta pela paz, de respeito à diversidade e de ajuda aos menos favorecidos", conclui a apresentadora do Bom Dia ES.
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