O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentaram os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021 e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na manhã desta sexta-feira (16).
Os números dizem respeito ao ano pedagógico de 2021, quando a maior parte das escolas brasileiras ainda estava fechada ou funcionando de forma híbrida por causa da pandemia do coronavírus.
Até o momento, sobre os dados do Ideb, foram divulgados os resultados somente da rede pública das séries iniciais (1° ao 5° ano), das séries finais (6° ao 9° ano) e também do ensino médio. O resultado das escolas particulares ainda não foi divulgado.
O Ideb é um índice que vai de zero a dez e tenta mensurar aspectos da qualidade na educação por meio de duas frentes: desempenho em prova de português e matemática e fluxo escolar, isto é, se os alunos estão permanecendo e avançando de série na escola. O Ideb passou a ser adotado em 2005 e é calculado pelo Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação, incluindo escolas públicas e privadas.
A escola com maior Ideb em 2021 nas séries iniciais (1º ao 5º ano) foi a EMEB Tia Marlene Petri, em Anchieta, com 8,0. A escola com menor índice também é de Anchieta: a EMEIEF professora Genelice dos Reis Ramos Hermem, com 1,8.
Nas séries finais (6º ao 9º ano), a EMEF Fazenda Aparecida, de Alfredo Chaves, teve a maior pontuação: 7,1. Já a EEEFM Joassuba Sr. Antonio Patrocio de Fontoura, em Ecoporanga, teve a menor: 2,7.
No ensino médio, a escola com melhor Ideb foi a EEEFM Ponto do Alto, em Domingos Martins, com 6,0. O pior foi registrado na escola EEEFM Laranjeiras, na Serra, com 2,7.
Outras escolas não tiveram nota final divulgada por conta do número insuficiente de participantes na avaliação.
Nas séries iniciais, a escola com melhor nota em matemática foi a EMEB Tia Marlene Petri, de Anchieta. Já em língua portuguesa, a melhor nota foi da escola EM Abrahão Saleme, de Afonso Cláudio, com 271,15.
Nas séries finais, a EMEF Fazenda Aparecida, em Alfredo Chaves foi a melhor em matemática, com nota 321,08, e também em língua portuguesa, com 304,7.
No ensino médio, a maior nota de matemática foi do Ifes - Campus de Nova Venécia, com 348,09. A EEEFM Prof. Hermann Berger teve a maior nota em língua portuguesa: 329,06.
Outras escolas não tiveram nota final divulgada por conta do número insuficiente de participantes na avaliação.
A nota do Ideb para cada localidade inclui dois componentes:
Cada escola tem sua nota e uma meta própria a ser perseguida, assim como cada cidade, cada estado e, por fim, a média geral do Brasil. O índice geral inclui escolas públicas e particulares, mas o Inep também separa, na divulgação, os resultados específicos da rede pública e da privada.
Em uma escala de 1 a 10, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) cruza duas informações:
>> Taxa de aprovação/fluxo escolar (a porcentagem de alunos que não repetiram de ano em uma escola ou rede de ensino);
>> Notas do Saeb, uma prova de português e de matemática feita por alunos do 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e por estudantes do 3º do ensino médio. No caso do 9º ano, para uma amostra específica, houve também questões de ciências da natureza e ciências humanas.
Só que, neste ano, esses dois “ingredientes” foram comprometidos, porque:
>> Parte das redes de ensino adotou a aprovação automática na pandemia (e terá, portanto, um Ideb artificialmente mais alto).
>> Pela primeira vez, também por causa da Covid-19, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação (Saeb) foi muito mais baixa em alguns estados, fornecendo dados estatisticamente pouco confiáveis. Comparações e rankings não serão fiéis à realidade.
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