O ritmo da vacinação contra a Covid-19 no Espírito Santo com doses da Astrazeneca será definido a partir do envio de mais imunizantes pelo Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até este sábado (11) todas as primeiras doses tiveram as segundas doses correspondentes enviadas aos municípios. Porém, a partir da próxima semana, o governo estadual dependerá das novas remessas para suprir as segundas doses que estão vencendo.
Em junho deste ano, a Sesa havia autorizado a antecipação da aplicação da segunda dose da AstraZeneca em duas semanas. À época, a decisão foi tomada considerando a ampliação da oferta de vacinas e o recebimento de mais doses do imunizante.
Contudo, atualmente, o cenário é diferente. A falta de doses está relacionada ao atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), componente utilizado para produzir a vacina, à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O composto é importado da China. No dia 3 de setembro, a Fiocruz anunciou que ficaria duas semanas sem entregar novas remessas ao Ministério da Saúde por causa da falta do IFA.
Alguns Estados já sofrem com o desabastecimento, como São Paulo, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Nesses locais a aplicação da Astrazeneca foi suspensa, segundo levantamento feito pelo G1. São Paulo, por exemplo, decidiu aplicar a Pfizer em quem está com segunda dose da Astrazeneca atrasada.
Questionada sobre o cenário do Espírito Santo, a Sesa informou que se houver atraso nos envios, o esquema vacinal ficará prejudicado.
"Se houver descontinuidade de distribuição, o Estado terá dificuldades em finalizar o esquema vacinal contra Covid. As doses da Pfizer estão sendo destinadas para segundas doses, reforço dos idosos acima de 70 anos, imunossuprimidos e adolescentes indígenas aldeados. O Estado está avaliando o cenário de disponibilidade de doses da AstraZeneca e aguarda orientações por parte do Ministério da Saúde para novas decisões", informa a nota.
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