Por recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo do Estado anunciou nesta terça-feira (11) a suspensão da aplicação da vacina Astrazeneca nas mulheres gestantes em todos os municípios capixabas.
De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina. "A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
No entanto, como a imunização desse grupo começou no início deste mês no Espírito Santo, algumas mulheres já receberam a primeira dose do composto. E agora, o que as grávidas que já tomaram o imunizante devem fazer?
O subsecretário de Estado da Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, respondeu que não há registro de que o medicamento suspenso tenha provocado alguma reação adversa ao longo da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Estado. Ele concedeu entrevista à rádio CBN Vitória (92,5 FM) na tarde desta terça-feira (11).
"A recomendação para qualquer vacina é que sempre se observe o aparecimento de alguma reação mais importante. Tem recomendação de como proceder que é aplicação de gelo no local da injeção, os cuidados gerais para quem toma a vacina. Isso se recomenda na hora que a vacina é aplicada", explicou o subsecretário.
Questionado sobre o que seriam os "eventos importantes", Reblin detalhou que "são eventos mais complexos como uma queda do estado geral, reações sistêmicas como algum tipo de paralisa de algum membro superior ou inferior, edemas na parte inferior como as pernas, endurecimento de regiões da batata da perna", detalhou.
Se constatar alguns desses sintomas, a gestante deve procurar o médico de referência ou unidade de saúde mais próxima de casa. "Na Sesa temos uma equipe composta por vários profissionais que investigam relatos dessa natureza. Felizmente, não existe, nesse momento, eventos com significado grave com relação à vacinação", afirmou.
Confira a explicação do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, sobre a adoção da Pfizer para vacinar mulheres gestantes.
Em uma publicação nas redes sociais, a doutora em Epidemiologia, Ethel Maciel, disse que as mulheres que não tiveram nenhuma reação grave ao tomarem a vacina da Astrazeneca podem receber a segunda dose. Ela orienta que o caso seja acompanhado. O intervalo de aplicação entre as doses é de três meses.
O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que o governo do Estado aguarda orientação do Ministério da Saúde quanto ao resultado das análises que vão atestar se a vacina provocou ou não alguma reação adversa, evento que motivou a suspensão de aplicação das doses em gestantes.
"Em relação à expectativa futura, como são três meses de intervalo, quem tomou a primeira dose vai tomar a segunda dose três meses depois. Até lá nós teremos tempo suficiente para que o Ministério da Saúde e a Anvisa nos informem se de fato ocorreu algum evento que tenha relação com a vacinação ou não. Se a vacina não interferiu em nenhuma condição, imediatamente retoma a vacinação. Se ela tiver alguma implicância, a alternativa que deverá ser produzida, o Ministério da Saúde vai nos indicar", disse.
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