A terça-feira (11) de terror em Vitória terminou com um prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões para o Sistema Transcol em função dos seis ônibus que foram incendiados e ficaram totalmente destruídos após ataques de grupos criminosos. Esses veículos precisarão ser substituídos.
O impacto financeiro considera o custo de um novo coletivo, que é de em média R$ 580 mil, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus). Além dos seis ônibus que foram incendiados, um outro, da linha 182, foi alvo de tiros no bairro Bonfim. Mas, nesse caso, o veículo não ficou totalmente destruído.
De acordo com o GVBus, os prejuízos recaem em todo o sistema, especialmente nas empresas de ônibus, mas também na população.
"Isso porque, embora os consórcios possuam veículos reservas para garantir a operação, a destruição de um coletivo gera transtornos, já que um ônibus novo demora em média três meses para ser fabricado, além do período dos trâmites legais para que entre em circulação", explica o sindicato.
O GVBus destaca que nos últimos 18 anos, entre 2004 e 2022, 84 ônibus do Sistema Transcol foram incendiados por criminosos e ficaram totalmente destruídos, sendo 13 deles somente neste ano, incluindo os casos desta terça-feira (11).
Outros três ônibus foram alvos de criminosos com o objetivo de queimá-los em 2022, mas sofreram apenas princípios de incêndio e não chegaram a ficar completamente destruídos. As chamas foram contidas pelos motoristas e os coletivos, reparados e reintegrados à operação.
Com isso, o impacto financeiro é de mais de R$ 48,7 milhões em 18 anos para reposição de coletivos.
No início da tarde desta quarta-feira (12), a Ceturb-ES informou que a operação do Transcol foi normalizada, exceto a linha 074, que ainda não está rodando e algumas linhas que estavam operando com desvios, por conta das festividades do Dia das Crianças.
As linhas 518 e 535 já voltaram a passar pela Rodovia Serafim Derenzi. Às 11h, depois de tratativas entre a Ceturb-ES e o Sindicato dos Rodoviários, os ônibus da empresa Grande Vitória foram liberados.
A reportagem averiguou que, em 20 minutos, apenas três ônibus passaram na Serafim Derenzi , no sentido São Pedro, enquanto no aplicativo do GVBus estavam previstos seis ônibus nesse período.
A Ceturb reforçou que a operação desta quarta-feira (12) é realizada com frota de domingos e feriados, ou seja, com número reduzido de veículos.
No início da manhã, a Ceturb-ES informou que a circulação dos ônibus da garagem da empresa Grande Vitória estava sendo prejudicada por conta da presença do Sindicato dos Rodoviários no local, impedindo a saída dos veículos que atendem aos bairros da Capital. As linhas 518 e 535 não estavam passando pela avenida Serafim Derenzi, e sim pela Avenida Maruípe por conta disso.
"A Ceturb-ES esclarece que está em contato com os consórcios operadores para que aumentem o reforço no atendimento para a normalização da operação, uma vez que a Secretaria de Segurança garantiu o reforço no policiamento. Mas é necessário o alinhamento com o sindicato, o que também já está em andamento", disse em nota no início da manhã.
Ao menos oito linhas foram suspensas no dia de ataques após a morte do segurança de Fernando Morais, o "Marujo", que comanda o tráfico no Bairro da Penha.
Em coletiva de imprensa na terça-feira (11), o secretário de Estado da Segurança Pública, Marcio Celante, afirmou que os ônibus circulariam normalmente na Grande Vitória no feriado de Nossa Senhora Aparecida, também Dia das Crianças.
No entanto, o que foi registrado foi a falta ou demora dos ônibus nesta quarta-feira (12), além de pontos de ônibus cheios.
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