Moradores da localidade de Urussuquara, balneário de São Mateus, Norte do Espírito Santo, bloquearam, em um protesto, a ponte que liga a comunidade ao município de Linhares, na madrugada desta segunda-feira (3). Uma outra ponte que liga Barra Seca à sede de São Mateus também foi bloqueada pelos manifestantes. Os moradores afirmam que assaltos têm aterrorizado a região e pedem um reforço na segurança do local.
"Estamos sendo violentados por criminosos que vêm aqui assaltar, roubar carros e invadir residências, com ameaças. Estamos longe dos grandes centros, e não temos uma ação efetiva com relação à segurança. Temos uma única viatura policial de São Mateus que atende Guriri e a região de Urussuquara. É insuficiente, eles não conseguem estar presentes aqui”, afirma o servidor público, Flávio Messias Soares, para o repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta Norte.
Na tarde da última terça-feira (27), cinco pessoas foram feitas reféns em um assalto em Urussuquara. Quatro homens e uma mulher armados renderam dois irmãos em frente à casa de uma das vítimas. Depois, três pessoas que passavam de caminhão pelo local também foram rendidos. As vítimas foram obrigadas a deitarem no chão, enquanto eram roubadas. Toda a ação foi flagrada por uma câmera de segurança.
O flagrante deixou a população ainda mais assustada. A dona de casa Rosângela Santana afirma que tem medo de andar na rua, e até a missa na igreja da comunidade foi cancelada devido à criminalidade. “Nós temos missa uma vez por mês. Já estamos até nos arrumando para ir quando vimos no grupo de mensagens que o padre tinha cancelado a missa por causa da insegurança. Não temos mais segurança nem para ir à igreja", desabafa.
Segundo os moradores, é raro ver policiamento na região, que é atendida pelo Batalhão da Polícia Militar de São Mateus.
“A gente liga e a polícia não vem. Demora uns dois dias para eles virem. Eles não estão sempre à disposição da comunidade. [...] A gente quer um posto policial aqui na nossa comunidade. Estamos fazendo essa manifestação para ver se conseguimos”, relata a moradora e estudante Daiane da Silva do Rosário.
A Polícia Militar, por nota, informou que "está à disposição para atender a comunidade e dialogar sobre as demandas, e lembra que a população pode auxiliar para que os resultados sejam ainda mais eficazes. As pessoas devem sempre acionar o Ciodes (190), quando tiverem suspeita de que um crime possa estar acontecendo. Também podem colaborar com o trabalho da polícia denunciando ações de indivíduos que agem na região por meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo e o anonimato são garantidos".
Após os questionamentos dos moradores, a reportagem voltou a procurar a corporação para saber se seriam tomadas medidas para aumentar a segurança no local, e se existe alguma possibilidade de um policiamento fixo no local, como o pedido pela população. Assim que houver retorno o texto será atualizado.
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