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"Ato de covardia", diz advogado da família de Kauã após júri ser adiado

"Ato de covardia", diz advogado da família de Kauã após júri ser adiado

Síderson Vitorino definiu dessa forma mais um adiamento do julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, acusado de ter torturado, estuprado e matado o enteado Kauã e o filho Joaquim, em 2018, em Linhares

Publicado em 3 de abril de 2023 às 15:03

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Kauã e Joaquim: Siderson Vitorino, assistente de acusação, advogado da família de Kauã, no primeiro dia de julgamento de Georgeval
Kauã e Joaquim: Siderson Vitorino, assistente de acusação) advogado da família. (Carlos Alberto Silva)

“Mais um ato de covardia”. Foi assim que o assistente de acusação e advogado da família das vítimas Síderson Vitorino definiu mais um adiamento do julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, acusado de ter torturado, estuprado e matado o enteado Kauã e o filho Joaquim, em 2018, em Linhares.

Nas primeiras horas do julgamento, iniciado nesta segunda-feira (3), o advogado de defesa de Georgeval, Pedro Ramos, abandonou o plenário alegando ter sofrido ameaças.

Questionado sobre o prejuízo ao processo com mais esse protelamento, Siderson considerou o adiamento mais um ato de covardia que se soma a outros praticados pelo acusado.  "O que se esperar daquele que estupra, espanca e ateia fogo no corpo de duas crianças, uma de 6 e 3 anos? Obviamente é mais um ato de covardia daquele que não consegue enfrentar o resultado dos seus atos", afirmou o advogado da família. 

Advogado abandona plenário e juiz aplica multa

Após o advogado Pedro Ramos ter abandonado o plenário alegando insegurança, o que provocou o adiamento mais uma vez do julgamento, o juiz Tiago Favaro Camata refutou alegação da defesa a respeito de insegurança em Linhares, destacando que determinou reforço na segurança.

E também aplicou multa de 50 salários mínimos para cada um dos quatro advogados e marcou novo julgamento para 18 de abril, no Fórum de Linhares.

Tiago Camata entendeu que a posição da defesa de Georgeval foi a de abandono de causa e determinou que Deo Moraes retorne para defender o réu como advogado dativo, caso não haja novo advogado constituído. Pedro Ramos declarou, no entanto, que continuará na defesa do pastor.

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