“Mais um ato de covardia”. Foi assim que o assistente de acusação e advogado da família das vítimas Síderson Vitorino definiu mais um adiamento do julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, acusado de ter torturado, estuprado e matado o enteado Kauã e o filho Joaquim, em 2018, em Linhares.
Nas primeiras horas do julgamento, iniciado nesta segunda-feira (3), o advogado de defesa de Georgeval, Pedro Ramos, abandonou o plenário alegando ter sofrido ameaças.
Questionado sobre o prejuízo ao processo com mais esse protelamento, Siderson considerou o adiamento mais um ato de covardia que se soma a outros praticados pelo acusado. "O que se esperar daquele que estupra, espanca e ateia fogo no corpo de duas crianças, uma de 6 e 3 anos? Obviamente é mais um ato de covardia daquele que não consegue enfrentar o resultado dos seus atos", afirmou o advogado da família.
Após o advogado Pedro Ramos ter abandonado o plenário alegando insegurança, o que provocou o adiamento mais uma vez do julgamento, o juiz Tiago Favaro Camata refutou alegação da defesa a respeito de insegurança em Linhares, destacando que determinou reforço na segurança.
E também aplicou multa de 50 salários mínimos para cada um dos quatro advogados e marcou novo julgamento para 18 de abril, no Fórum de Linhares.
Tiago Camata entendeu que a posição da defesa de Georgeval foi a de abandono de causa e determinou que Deo Moraes retorne para defender o réu como advogado dativo, caso não haja novo advogado constituído. Pedro Ramos declarou, no entanto, que continuará na defesa do pastor.
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