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Aulas no ES: saiba o que escolas públicas e particulares preparam

Aulas no ES: saiba o que escolas públicas e particulares preparam

Ainda não há data definida para as atividades presenciais serem retomadas, mas as instituições de ensino já se organizam para este momento

Publicado em 27 de junho de 2020 às 21:23

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Alunos em sala de aula
As escolas estão se organizando para receber os alunos quando as atividades presenciais forem liberadas. (Joel Silva/ Folhapress)

Já se passaram três meses desde que as aulas presenciais foram suspensas em todas as escolas do Espírito Santo devido à pandemia do coronavírus. Ao longo deste período, as redes de ensino foram se adaptando ao modelo de atividades remotas, mas sem perder de vista o retorno às salas. Mesmo ainda sem uma data definida para as escolas reabrirem, as instituições de ensino estão se organizando para o momento em que o governo do Estado suspender o decreto que proíbe o funcionamento presencial. 

Escolas públicas e particulares têm dinâmicas distintas, porém a autorização para reabertura, quando houver, será para as duas redes ao mesmo tempo. Protocolos básicos de saúde, que estão sendo elaborados pela equipe técnica do governo do Estado, também deverão ser seguidos por ambas.

As escolas privadas já receberam algumas orientações do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), mas têm autonomia sobre os procedimentos que adotar. Na rede estadual, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) coordena o planejamento de ações. Confira regras e propostas em discussão pelas instituições de ensino. 

NA REDE ESTADUAL

  • 01

    Atividades presenciais

    Ainda não há uma data definida para a reabertura das escolas, e a decisão passará por avaliação da área da Saúde. É certo, porém, que o retorno das atividades presenciais não ocorrerá em julho. Um dos indicadores que vai determinar a retomada é a taxa de transmissão do coronavírus no Estado.

  • 02

    Carga horária

    A carga horária de atividades não presenciais passa a ser computada a partir do dia 1º de julho. Professores ainda vão poder medir o nível de aprendizado adquirido por seus alunos nos meses anteriores, e, se o conhecimento for comprovado, as horas cumpridas também vão ser validadas.

  • 03

    Frequência

    Também a partir da próxima quarta-feira (1º), a frequência às atividades remotas passará a ser contabilizada. A medida vale para todos os alunos que estão participando do Programa Escolar, tanto com atividades por aplicativo e TV, quanto de material impresso. Os professores já têm feito esse monitoramento e, a partir do próximo mês, começa o registro da frequência.

  • 04

    Avaliações

    Os alunos vão ser submetidos a avaliações diagnósticas. Uma vai medir o aprendizado obtido em 2019, e deveria ter sido feita em março, mas teve o cronograma alterado pela pandemia. A outra vai avaliar justamente o conhecimento adquirido no período das atividades não presenciais, que vai ajudar tanto para a validação de carga horária, quanto para planejar as próximas etapas do processo de ensino-aprendizagem do ano letivo.

  • 05

    Protocolo de saúde

    A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está elaborando o protocolo com as regras que as escolas deverão atender para voltar às atividades presenciais.

NA REDE PARTICULAR

  • 01

    Atividades presenciais

    Assim como a rede pública, as escolas particulares só vão ser liberadas para reabrir quando os indicadores de saúde apontarem a redução do risco de contágio. 

  • 02

    Carga horária

    Desde o início das atividades remotas, instituições particulares estão contabilizando a carga horária, mas completar a jornada mínima de 800 horas do ano letivo poderá ser necessária, e a compensação está prevista em reposições aos sábados ou em períodos antes designados para as férias. 

  • 03

    Protocolo de saúde

    As escolas particulares também vão ter que atender ao protocolo que está sendo elaborado pela Sesa, porém muitas delas já estão se adaptando a partir das orientações do Sinepe. Na cartilha encaminhada pela entidade às instituições,  entre outras regras, uso obrigatório de máscaras por alunos e funcionários, demarcação de áreas para garantir o distanciamento social, e disponibilização de álcool em gel 70% em todos os espaços físicos.

  • 04

    Protocolo pedagógico

    Na rede particular, também já foi definido um protocolo pedagógico e, entre as recomendações, estão a priorização do trabalho educacional remoto; desenvolvimento de plano domiciliar para alunos e profissionais que façam parte do grupo de risco; dar preferência a locais abertos para as atividades presenciais; organizar o plano pedagógico para que as atividades que demandem interação física ocorram sem o contato entre os alunos; organizar a atividade educacional de forma que os alunos não retirem seus materiais do ambiente escolar.

  • 05

    Medidas emergenciais

    As instituições privadas também foram orientadas a adotar protocolos para situações de emergência, tais como promover o isolamento imediato de qualquer pessoa que apresente os sintomas característicos da Covid-19; ter uma sala exclusiva para acolhimento de casos suspeitos; notificar, imediatamente, a existência de casos confirmados de Covid-19 às autoridades de saúde do município; e promover o afastamento de atividades presenciais dos alunos e trabalhadores que se enquadrem nos grupos de risco da doença.

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