No mês de maio, aulas escolares devem retornar ao formato presencial na maioria das cidades do Espírito Santo. A expectativa é do secretário de Saúde, Nésio Fernandes, que acredita que no próximo mês a classificação moderada do mapa de risco deve predominar entre os municípios.
As classificações de risco das cidades para a transmissão do coronavírus é definida pelo mapa de risco, que voltou a ser utilizada pelo Estado no último dia 5 de abril, utilizando regras mais ou menos rígidas de convivência com a pandemia.
"As flexibilizações das medidas não são aleatórias. São previstas pela matriz de risco de acordo com a realidade de cada município. Não se trata de uma abertura ampla e generalizada. Desta maneira, é possível que, em maio, o Estado alcance uma taxa de ocupação de leitos de UTI inferior a 80%, podendo ter uma quantidade majoritária de municípios nas classificações de risco baixo e moderado. Assim, as atividades educacionais devem voltar na ampla maioria dos municípios", descreveu o secretário durante atualização da pandemia na tarde desta segunda-feira (26).
O Espírito Santo possui 9.250 mortos pela Covid-19 e depois de duas semanas batendo recordes de mortes diárias, o número de vidas perdida estagnou em um alto patamar. Em contrapartida, a taxa de ocupação vem caindo lentamente e há uma semana se mantém abaixo dos 90% de ocupação.
Esses são fatores que pesam no momento de confecção do mapa de risco das cidades pela sala de situação do governo, que reúne professores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e diversos especialistas em saúde, logística, matemática e demais áreas necessárias para se elaborar um plano de convivência com o coronavírus.
O atual mapa de risco do Espírito Santo, com vigência a partir desta segunda-feira (26) apontou para a melhoria de alguns indicadores. A Região Metropolitana - Vitória, Serra, Cariacica, Vila Velha, Viana, Fundão e Guarapari - recebeu uma nova classificação, passou de risco extremo de transmissão da Covid-19 para o risco alto. Ao todo, são 50 cidades que estão em risco alto, 23 em risco moderado e 5 em risco extremo.
Cinco cidades estão na classificação de risco extremo para a transmissão do coronavírus: Domingos Martins, Santa Teresa, Mimoso do Sul, Ecoporanga e Pedro Canário.
No risco extremo, as atividades educacionais com a presença dos estudantes ficam suspensas por completo, sendo autorizadas apenas as aulas remotas.
No risco alto, que reúne 50 dos municípios do Estado, o ensino permanece no modelo remoto, tanto na rede privada quanto na pública, porém estão autorizados atendimentos individuais presenciais para que professores possam dar assistência a seus alunos.
No risco moderado, são permitidas atividades com a presença de alunos nos estabelecimento de ensino, desde que sejam seguidos todos os protocolos de segurança sanitária definidos pelo governo do Estado e as prefeituras.
Na última sexta-feira (23), o governador apontou que a quarentena de 18 dias como o grande pivô para essa redução de cidades no risco extremo.
"Já há uma demanda menor por UTI. A tendência é manter a redução na ocupação de leitos, mesmo estando alta ainda. Pela primeira vez esta semana, tivemos taxa de ocupação de leitos abaixo de 90% e abrimos mais de 2 mil leitos de UTI e enfermaria. Demos conta. Se não tivéssemos tomado a decisão da quarentena, teríamos visto pessoas morrendo sem atendimento", defendeu Renato Casagrande.
Casagrande também reforçou que, apesar de algum sinal de melhora, ainda são necessárias medidas restritivas e a conduta individual responsável, mantendo o distanciamento social, uso de máscaras e higienização frequente das mãos. Nenhum município está classificado em risco baixo.
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