O adolescente de 16 anos que matou 4 pessoas e deixou outras 12 feridas durante um ataque armado a duas escolas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, foi julgado pela Vara da Infância e Juventude da cidade e será obrigado a ficar internado por três anos. Ele ainda precisará passar por avaliação judicial a cada seis meses. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira (7), 12 dias após o adolescente tirar a vida de três professoras e uma adolescente de 12 anos. Atualmente, o atirador está internado no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica.
O adolescente foi julgado dentro do prazo previsto pela legislação brasileira, que era de 45 dias. Como foi comprovada a autoria do ato infracional, o jovem irá sofrer medidas socioeducativas.
Na manhã do dia 25 de novembro, o adolescente de 16 anos atacou duas escolas em Aracruz, tirando a vida de quatro pessoas e deixando mais de 10 feridos. O atirador conseguiu se deslocar por cerca de um quilômetro entre duas escolas e fazer novas vítimas antes mesmo que a informação sobre o ataque à primeira unidade de ensino viesse à tona.
Horas depois dos ataques, a polícia verificou que o destino era uma casa na mesma região. Após cercar a área, os policiais entraram na residência, onde o adolescente confessou o ato e foi levado para a delegacia.
A defesa do adolescente, por meio da advogada Priscila Benichio, informou que não tem intenção de recorrer da sentença.
"A sentença era esperada. Não é nosso interesse recorrer do caso, porque a família nunca solicitou liberdade e sempre entendeu a gravidade dos fatos", afirmou à reportagem de A Gazeta.
Segundo a defesa, o acompanhamento a cada seis meses está previsto como um tratamento de saúde, para que ele possa conviver em sociedade ao fim do período.
Baleada na cabeça durante os ataques a duas escolas em Aracruz há 12 dias, a estudante Thais Pessotti da Silva, de 14 anos, deixou a UTI nesta quarta-feira (7) e agora está internada no setor semi-intensivo do Hospital Infantil de Vitória. O estado de saúde dela continua estável, segundo atualização divulgada durante a manhã em um boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Além da adolescente, outras duas vítimas que ficaram feridas permanecem internadas em hospitais da rede estadual de saúde. A professora de inglês Degina Fernandes, de 37 anos, apresentou melhoras e foi extubada, mas continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Doutor Jayme Santos Neves, na Serra. Outra professora baleada, uma mulher de 51 anos, está na enfermaria do mesmo hospital.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta