Os ataques envolvendo a Avenida Leitão da Silva, em Vitória, não são um problema recente, ainda que alguns episódios chamem mais atenção, como o da madrugada de domingo (25), quando uma sequência de disparos na região do bairro Gurigica terminou com uma parede de hospital perfurada e um paciente, um idoso de 68 anos que estava internado no local, atingido e morto.
Os problemas na via são recorrentes há pelo menos sete anos e, na maioria das vezes, relacionados a trocas de tiros e mortes em confrontos na região.
Em janeiro deste ano, por exemplo, um micro-ônibus do Sistema Transcol foi incendiado no local, em meio a ataques em retaliação à morte de um suspeito durante troca de tiros entre policiais militares e criminosos armados no Bairro da Penha.
Poucos meses antes, em agosto de 2022, parte da avenida foi interditada pela polícia devido a confrontos na região, que resultaram na morte de um suspeito durante troca de tiros com criminosos no bairro Jesus de Nazareth.
Em fevereiro de 2020, o medo e a destruição tomaram conta da via, quando bandidos armados deram ordem para fechar o comércio e chegaram a apedrejaram veículos. Em seguida, dispararam tiros para o ar e soltaram fogos, fechando a avenida durante horas. Veja , abaixo, vídeo da época.
No final de outubro de 2017, lojistas tiveram que baixar as portas dos estabelecimentos após um bando armado ordenar o fechamento do comércio. O grupo formado por pelo menos 10 homens com rostos cobertos por camisas desceram o bairro Gurigica por uma escadaria que dá acesso à avenida e fizeram as ameaças. O motivo seria a morte de dois jovens em um acidente de moto.
Apenas dois meses, em dezembro de 2017, bandidos impuseram terror na região mais uma vez e o comércio da Leitão da Silva foi totalmente fechado, em dois dias de conflitos. Testemunhas disseram que grupos desceram o morro atirando. Vários deles ameaçaram comerciantes antes de fechar a pista, atirando materiais de construção na via, que ainda passava por obras.
Na ocasião, carros foram incendiados e um ônibus de linha municipal foi interceptado; os passageiros saíram correndo, em pânico, porque os bandidos jogaram gasolina na intenção de atear fogo, mas uma viatura da PM chegou a tempo de impedi-los. A razão para os ataques seria a morte de um adolescente em confronto com a polícia no morro São Benedito, que fica na região.
Já em outubro de 2016, o protesto pela morte de um adolescente, no Bairro da Penha, também resultou em pânico e destruição na avenida. Lojas foram apedrejadas e, na comunidade, um veículo foi incendiado no meio da rua. Naquela ocasião, a população se queixou da abordagem da PM e moradores diziam que o garoto havia sido morto enquanto ia comprar pão. A polícia, por sua vez, alegou que o rapaz estava com drogas e junto a um grupo suspeito e que teria lutado com um policial antes de morrer.
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