As três aves identificadas no Espírito Santo com a gripe aviária nesta segunda (15) estavam debilitadas e já tinham morrido quando saiu o resultado do teste que identificou que elas estavam com o vírus H5N1.
O gerente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Raoni Cipriano, explicou quando e como as aves foram identificadas.
A primeira foi achada caída no dia 7 de maio numa praia em Marataizes, no sul do Estado. Por coincidência, quem identificou o trinta-reis-bando debilitado foi uma médica veterinária do próprio Idaf, que teve os cuidados para recolher a ave de forma segura.
A segunda ave, também um trinta-reis-bando, foi encontrada caída no dia 8 embaixo de uma árvore no parque da Fazendinha, em Jardim Camburi, que fica a pouco mais de 2 km da praia, onde as aves costumam ficar. Ela foi recolhida por técnicos do Instituto Caiman que atuam no parque.
As duas foram levadas para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), em Cariacica. E lá, infectaram uma terceira ave, um Atobá-pardo que estava se recuperando de um problema na pata desde janeiro.
As três aves morreram dias depois, no dia 10 de maio, segundo explicou o gerente do Idaf. Uma delas morreu pela doença e as outras duas ficaram tão debilitadas ao ponto de terem de sofrer eutanásia.
O Idaf foi notificado da suspeita pelo médico veterinário do Ipram no dia 10. Logo após foi realizada a investigação e coleta de amostras para identificar o vírus H5N1 - o que foi confirmado nesta segunda (15) -, conforme ações previstas no plano de vigilância de influenza aviária.
As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), desde 2016, como referência internacional em diagnóstico de influenza aviária.
"Essa atuação rápida e efetiva do Idaf permitiu que houvesse a detecção e confirmação dos resultados em curto espaço de tempo, acelerando a resposta e a intensificando as medidas de prevenção, já rotineiramente desenvolvidas no ES", informou o órgão.
Os dois locais por onde as aves passaram, tanto a Fazendinha como o Ipram estão isolados. No Ipram há outras 30 aves, mas desde então não apresentaram sintomas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta