Um avião da Força Aérea dos Estados Unidos passou pelo litoral do Espírito Santo na última segunda-feira (16). A aeronave não pousou, mas chamou a atenção pelo trajeto, contornando Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, e por ter ficado mais de 17 horas voando. Segundo informações do portal AirWay, especializado em aviação, o jato WC-135R Constant Phoenix serve para coletar amostras da atmosfera em busca de resíduos radioativos. Pela função, o avião é conhecido como "The Sniffer", em tradução livre, "O Farejador".
Como mostra a imagem do percurso, obtida por um aplicativo que monitora aeronaves, o jato norte-americano saiu do aeroporto de San Juan, em Porto Rico. Ele seguiu na direção sul, passando pelo Norte, Nordeste e chegando ao Sudeste, até o extremo norte do Rio de Janeiro. Após cerca de oito horas e meia de voo, a aeronave fez a viagem no sentido contrário, seguindo para a direção de Porto Rico. Foram 17 horas e 34 minutos, segundo o portal AirWay.
Ainda de acordo com o portal de notícias, não há informações sobre o motivo de o avião ter passado pelo Brasil. O site destaca que apesar de ter passado pelo litoral, a aeronave não entrou no espaço aéreo brasileiro.
Em nota enviada à reportagem de A Gazeta nesta terça-feira (24), a Força Aérea Brasileira explicou que as aeronaves passaram pela Região de Informação de Voo Atlântico (FIR AO). Trata-se de uma área sobre o Oceano Atlântico, que não se sobrepõe ao território brasileiro, e que está sob responsabilidade do Estado brasileiro para prover os serviços de navegação aérea e de busca e salvamento, de acordo com tratados internacionais firmados pelo Brasil.
O WC-135R é equipado com sensores para detectar e medir o grau de ameaça de partículas radioativas na atmosfera. A aeronave é empregada em missões de rotina ao redor do mundo.
As proximidades da Coreia do Norte é um dos locais onde o WC-135R é empregado com maior frequência, geralmente após um teste nuclear promovido pelo regime de Kim Jong-Un. O Irã e a China também são “alvos” recorrentes do Constant Phoenix. Não há registros conhecidos de passagens anteriores da aeronave em voos tão próximo ao território brasileiro, segundo o portal AirWay.
A reportagem de A Gazeta perguntou à Força Aérea Brasileira se o avião foi monitorado enquanto esteve na região e se foi necessária alguma autorização para que a aeronave passasse pelo local. O Aeroporto de Vitória foi procurado para saber se houve algum contato no Espírito Santo com o jato norte-americano. O texto será atualizado assim que houver algum retorno.
A Força Aérea Brasileira explicou porque que, apesar de ter sobrevoado o Espírito Santo, o avião não passou por espaço aéreo brasileiro. O texto foi atualizado.
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