A temporada de reprodução das baleias jubartes no Espírito Santo presenteou um empresário capixaba que passava pela praia de Santa Cruz, no município de Aracruz. Uma delas deu o ar da graça, a cerca de dois quilômetros da praia, na manhã desta sexta-feira (17).
Segundo o proprietário de barcos Alexandre Batalha, o vídeo foi feito por volta de 10h "por pura sorte". Ele conta que viu o animal de forma despretensiosa enquanto fazia o transporte de um barco entre Aracruz e Vitória.
"Estávamos meu cachorro e eu, quando ela apareceu bem perto do barco. O impressionante foi a distância entre a baleia e a praia. Foi pura sorte", relatou.
O motivo do aparecimento, registrado nesta sexta (17) por Alexandre, tem nome: reprodução. A temporada que se inicia em junho e termina em novembro é um momento sensível para os animais, que procuram águas calmas e quentes e encontram essas características no litoral do Espírito Santo.
É o que afirmou o oceanógrafo e coordenador do Projeto Baleia Jubarte, Paulo Rodrigues, em entrevista ao CBN Cotidiano nesta sexta-feira (18).
Segundo o pesquisador, é possível dizer que as baleias são capixabas, uma vez que elas se reproduzem nessa área.
De acordo com o coordenador do projeto, apenas no ano passado foram 60 encalhes dentro da área monitorada. Ele explica que, como a movimentação das baleias é maior durante a temporada de reprodução, há mais chance dos animais encalharem por aqui neste período.
Em caso de encalhe, seja ele de forma natural ou provocado por ação humana, é preciso acionar a secretaria de meio-ambiente do município. A equipe Baleia Jubarte também está preparada para atender, garante o coordenador. O telefone é 98825-0440.
Ele ainda ressalta que caso um popular presencie uma baleia encalhada na areia, não deve se aproximar e deve acionar especialistas, como o Projeto Baleia Jubarte e o Instituto Orca.
A pandemia do novo coronavírus afetou várias áreas do nosso cotidiano e não seria diferente com a preservação dos animais. Com as medidas de distanciamento social impostas para tentar conter o avanço do vírus, a tradicional visita turística não está disponível.
O oceanógrafo justifica que há um cuidado com a saúde das pessoas e que um planejamento deve ser feito para a volta às atividades.
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