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Banhistas são atacados por piranhas em lagoa de Linhares

Banhistas são atacados por piranhas em lagoa de Linhares

No domingo (17), três pessoas foram vítimas de ataques do peixe. A reportagem conversou com duas delas. Dono do espaço diz que casos são 'inéditos'

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 18:39

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Banhistas são atacados por piranhas em lagoa de Linhares
Lagoa do Canto Grande, localizada no Córrego Farias, em Linhares . (Douglas Abreu)

Pelo menos dois banhistas foram atacados por piranhas na Lagoa do Canto Grande, localizada no Córrego Farias, zona rural de Linhares, no Norte do Espírito Santo, no último domingo (17). Entre as vítimas está uma menina de 5 anos, que sofreu uma mordida em uma das pernas, e um carreteiro de 53 anos, ferido no dedo do pé. A prefeitura informou que a lagoa é de propriedade particular, mas destacou que o ocorrido acendeu um alerta.

A reportagem conversou com Paloma Quiuqui dos Santos, de 27 anos, mãe de Helena Quiuqui Ramos, de 5 anos, a criança atacada por piranhas.

“Era por volta de 13h20 de domingo (16). Ela estava tomando banho na lagoa, saiu, pegou um copo de refrigerante e voltou. Assim que entrou na água novamente, já saiu gritando. Quando fomos ver, já estava o buraco na perna dela”, relatou.

“No momento em que vi a mordida, já pensei: ‘foi piranha’, mas nunca soubemos que havia piranhas ali”, disse. Segundo ela, várias pessoas estavam no local no momento do ataque.

Banhistas são atacados por piranhas em lagoa de Linhares
Helena Quiuqui Ramos, de 5 anos, uma das vítimas. (Douglas Abreu)

Após o incidente, a pequena Helena foi socorrida pela família. “Levamos ela para a UPA, e depois ela foi transferida para o HGL (Hospital Geral de Linhares) para avaliar a possibilidade de um enxerto. Mas, como ela é magrinha, não foi possível fazer o procedimento. Então, a levaram de volta à UPA, onde deram 18 pontos na perna dela”, contou a mãe.

A Gazeta também conversou com outra vítima, um carreteiro de 53 anos, que pediu para não ser identificado. Ele também foi atacado no mesmo local no último domingo (16).

“Eu estava lá no momento do ataque que feriu a criança. Foram três pessoas mordidas lá no domingo. No meu caso, ela (a piranha) só mordeu, não arrancou pedaço não”, relatou.

Segundo ele, antes da sequência de ataques, a esposa comentou ter sentido algo estranho na água. Ele conta que estava com a água na altura da cintura.

“A minha mulher disse: ‘Passou alguma coisa nas minhas pernas’. Eu brinquei com ela: ‘Deve ser alguma anaconda’. Aí ela disse: ‘Passou de novo’. E eu falei: ‘Essa anaconda não está com nada’. Então, ela saiu da água. Foi Deus mesmo. Eu voltei para a água e, na hora que entrei, senti a mordida no dedo e vi o sangue saindo. Depois, fomos embora, porque com piranha ninguém brinca”, disse.

As vítimas disseram que não havia placas de sinalização da presença de piranhas na água. Nesta terça-feira (19), o proprietário da lagoa onde ocorreu o ataque falou com a TV Gazeta. Ele disse que os ataques começaram há  15 dias e que 'nunca tinha acontecido antes', e disse que começou a instalar telas na água para proteger o espaço dos banhistas. 

Banhistas são atacados por piranhas em lagoa de Linhares
Telas começaram a ser instaladas na lagoa com a promessa de proteger os banhistas. (Douglas Abreu)

Em nota, a Prefeitura de Linhares, informou que a área onde ocorreu o ataque é particular, que não foi comunicada oficialmente dos ataques mas que vai enviar uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente ao local para avaliar a situação. 

Acrescentou que durante a piracema, período de reprodução dos peixes, "as piranhas tornam-se mais agressivas para proteger seus ninhos, principalmente em áreas com aguapés, onde se reproduzem. Tanto machos quanto fêmeas mordem intrusos como forma de defesa", disse. Aguapé, é uma vegetação aquática. 

A prefeitura informou que alerta os banhistas "a evitarem águas calmas e turvas, especialmente em áreas com vegetação nas margens das lagoas, locais preferidos para a reprodução da espécie".

Finalizou comunicando que por se tratar de uma área particular, "irá orientar os proprietários de lagoas de uso público a sinalizarem os locais de risco ou isolarem as áreas de banho com telas, garantindo mais segurança aos frequentadores".

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