Após 20 dias da inauguração do Sistema Aquaviário, que ficou fora de operação por duas décadas, uma das embarcações já apresenta problemas. Um usuário registrou, em fotos e vídeos, uma área do barco Moxuara isolada com cordas para prevenir os passageiros de usar o local porque o chão estaria danificado e com risco de afundamento. O governo diz que se trata de um caso de vandalismo.
O novo modal de transporte da Grande Vitória começou a funcionar no dia 20 de agosto, com algumas viagens realizadas entre as três estações do sistema, em uma cerimônia oficial de lançamento. A operação total do aquaviário ao público começou no dia seguinte à inauguração, na segunda-feira (21).
Para recordar do período em que era passageiro frequente das embarcações, o motorista de aplicativo Geilson Rodrigues, de 54 anos, decidiu fazer um passeio com a família neste domingo (10) no sistema recém-inaugurado. Foi a primeira viagem dele com a esposa e os filhos nesta retomada das viagens pela Baía de Vitória.
Geilson, no entanto, mostrou-se decepcionado ao se deparar com a condição de uma das balsas.
O passeio foi feito nas duas embarcações hoje disponíveis — Penedo e Moxuara —, porque a família fez o percurso de Vila Velha para Vitória e da Capital para Porto de Santana, em Cariacica. Foi na Moxuara que Geilson registrou as cordas.
O motorista de aplicativo foi alertado por um dos tripulantes que ele não poderia se sentar no local, porque o chão estava danificado e poderia afundar se alguém pisasse na área delimitada e cair na caixa de máquinas da embarcação.
"Parece que alguém pisou muito forte e quebrou. Mas o problema não é só esse, não. Se olhar bem, o barco é cheio de defeitos, de remendos. Parece que é velho e que só passaram uma tinta", reclamou o motorista de aplicativo. "Sinceramente, fiquei bem decepcionado", acrescentou.
Outra queixa de Geilson é em relação aos intervalos de viagens e horário de funcionamento. Ele e a família não conseguiram fazer o último trajeto, saindo de Vitória para Vila Velha, porque o serviço é interrompido às 15 horas, nos domingos.
O Sistema Aquaviário, ao longo desse feriadão, virou uma alternativa de passeio para moradores e turistas, registrando também longas filas de espera. Na área da Praça do Papa, mais um problema: o deque em que os passageiros aguardavam pela embarcação não tem todas as tábuas e, ainda, há parafusos e pregos à mostra.
A Ceturb-ES informou, por meio de nota, que, para não interromper o serviço, o banco foi interditado por medida de segurança após ter sido vandalizado em uma das viagens. "As imagens do circuito interno devem ajudar identificar os possíveis autores. Em relação ao problema no deque, ele está fora da estação gerida pela companhia, mas medidas serão tomadas para resolver e corrigir o problema."
A Prefeitura de Vitória também foi procurada para dar informações sobre o deque, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.
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