Depois de um mês de espera, a bebê capixaba que estava na Faixa de Gaza, em meio aos conflitos com Israel, chegou ao Espírito Santo por volta das 15 horas desta quarta-feira (13). A menina, a mãe, três irmãs e um irmão vieram de Brasília (DF), com escala no Aeroporto de Campinas, em São Paulo.
"Estou muito feliz! Aliviado. Vamos morar aqui no Espírito Santo, que é mais gostoso e mais tranquilo. Chega de guerra!", disse Ahmed, pai da bebê.
Ahmed e Aliaa, a mãe das crianças, são palestinos e vieram morar em Vila Velha há cerca de um ano. Aqui, tiveram uma filha, a quinta do casal, que hoje está com nove meses. As outras quatro crianças — sendo a mais velha delas de 11 anos — haviam ficado no Oriente Médio. A família, então, foi até Gaza para tentar obter um visto para todos poderem morar aqui, no Espírito Santo. Porém, o pai precisou voltar antes ao Brasil por causa do trabalho. Os vistos demoraram a sair e, nesse meio tempo, houve a nova escalada nos conflitos, o que prendeu a mãe e as crianças na região.
Em entrevista concedida com exclusividade a A Gazeta, Ahmed contou alguns dos dramas vividos pela esposa ao deixar a região de conflitos. O prédio onde moravam, na região Norte da Faixa de Gaza foi atingido por um bombardeio. Em certo momento do trajeto até Rafah, onde é feita a travessia para o Egito, a mulher teve que andar durante duas horas com crianças pequenas em uma área com risco de ataques, na cidade de Nuseirat.
Passado esse drama, Ahmed agradeceu as autoridades brasileiras do Itamaraty, pelo resgate dos brasileiros que estavam em Gaza. Foram repatriados 48 passageiros – entre brasileiros e familiares – que estavam na região de batalha e vieram para o Brasil desde o Cairo, no Egito. No grupo em que estava a família da bebê capixaba, vieram 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres (duas idosas) e quatro homens adultos. Entre eles, 11 binacionais brasileiro-palestinos e 37 palestinos. O desembarque em Brasília havia ocorrido na última segunda-feira (11).
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