Uma mãe palestina e sua bebê capixaba, que estão na Faixa de Gaza, deixaram o norte da região, onde os conflitos são mais intensos. Desde o dia 6 de novembro, Israel informou que havia isolado a Cidade de Gaza onde estava a mulher e os cinco filhos, entre os quais a bebê, depois de um ataque de grandes proporções. Agora, segundo o líder da mesquita de Vitória, o xeique Mohammed Barakat, a família já está acomodada na região sul sob os cuidados da embaixada brasileira.
Ainda assim, não há um prazo para que a família volte ao Brasil, já que, por ora, não existem outros nomes aprovados pelas autoridades locais que administram a fronteira. O Itamaraty afirma que continua trabalhando na análise do perfil das pessoas que desejam deixar a região.
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Em uma coletiva de imprensa realizada no sábado (11), o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, informou que mais de 200 mil pessoas já abandonaram o norte e foram para o sul. O portal de notícias G1 publicou imagens da casa onde estão alocados brasileiros enquanto correm as negociações para o resgate.
Depois da aflição de se deparar com a fronteira fechada por dois dias seguidos, um grupo com 32 passageiros — inicialmente com 34, mas duas pessoas, mãe e filha, decidiram ficar em Gaza — conseguiu deixar, no domingo (12), o território que está sob ataque de Israel. Após passarem por atendimento médico e psicológico, os 22 brasileiros e 10 familiares palestinos embarcaram na manhã desta segunda (13) para o Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Uma mãe palestina, moradora de Vila Velha, que está em Gaza, vive o drama de tentar voltar ao Brasil com uma bebê de menos de um ano de idade e outras quatro crianças com menos de 11 anos. O marido e pai das crianças prefere que os membros da família não sejam identificados, para que não sofram nenhum tipo de preconceito ou retaliação, mas pessoas próximas contam o sofrimento vivido por eles, em meio ao conflito com Israel, que já provocou mais de 10 mil mortes no lado palestino.
Pai e mãe são palestinos e vieram morar em Vila Velha há cerca de um ano. Aqui, tiveram uma filha, a quinta do casal. As outras quatro crianças — sendo a mais velha delas com 11 anos — haviam ficado no Oriente Médio. Meses atrás, a família foi até Gaza tentar um visto para morarem todos aqui, no Espírito Santo. O pai precisou voltar antes ao Brasil por causa do trabalho. Os vistos demoraram a sair e, nesse meio tempo, houve a nova escalada nos conflitos entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
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