Os 34 brasileiros que estão em Gaza e iriam retornar ao Brasil nesta sexta-feira (10) se depararam com fronteiras fechadas. Ainda assim, o Itamaraty já prepara uma segunda lista. Nessa relação, de acordo com informações do Portal G1, está a bebê capixaba.
Esse novo grupo será formado por cerca de 50 pessoas. O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias, que deu entrevista ao G1, disse ainda que o Itamaraty não tem uma ideia do prazo para que esse segundo grupo deixe a região de conflito.
Conforme informações do Ministério das Relações Exteriores à reportagem de A Gazeta, o foco de atuação da pasta, no momento, é conseguir repatriar os 34 brasileiros do primeiro grupo que já foram autorizados pelos governos locais que organizam as listas. E, por ora, eles não estão aceitando novas listas.
Ainda assim, o governo federal segue em contato com o escritório de representação em Ramallah, na Cisjordânia, no qual todos os brasileiros que têm interesse podem comunicar sua intenção de entrar em novas listas de repatriação. Questionado sobre a bebê capixaba e sua família, o ministério disse que não pode dar detalhes sobre o perfil das pessoas que estão na zona de guerra e buscam retornar ao Brasil.
Uma mãe palestina, moradora de Vila Velha, que está em Gaza, vive o drama de tentar voltar ao Brasil com uma bebê de menos de um ano de idade e outras quatro crianças com menos de 11 anos. O marido e pai das crianças prefere que os membros da família não sejam identificados, para que não sofram nenhum tipo de preconceito ou retaliação, mas pessoas próximas contam o sofrimento vivido por eles, em meio ao conflito com Israel, que já provocou mais de 10 mil mortes no lado palestino.
Pai e mãe são palestinos e vieram morar em Vila Velha há cerca de um ano. Aqui, tiveram uma filha, a quinta do casal. As outras quatro crianças — sendo a mais velha delas com 11 anos — haviam ficado no Oriente Médio. Meses atrás, a família foi até Gaza tentar um visto para morarem todos aqui, no Espírito Santo. O pai precisou voltar antes ao Brasil por causa do trabalho. Os vistos demoraram a sair e, nesse meio tempo, houve a nova escalada nos conflitos entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
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