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Bebê de um ano é diagnosticado com varíola dos macacos em Cachoeiro

Bebê de um ano é diagnosticado com varíola dos macacos em Cachoeiro

Secretaria Municipal de Saúde informou que menino já está curado. Criança passa bem e cumpriu isolamento

Publicado em 1 de setembro de 2022 às 09:33

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Médico atende criança: déficit de vagas para consultas com neuropediatra não para de crescer no ES
Médico atende criança: déficit de vagas para consultas com neuropediatra não para de crescer no ES. (Arquivo)

Uma criança de um ano foi diagnosticada com varíola dos macacos em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. À repórter Alice Sousa, da TV Gazeta Norte, o médico que atendeu o menino disse que ele passa bem e cumpriu isolamento domiciliar.

"Quando ela foi atendida, ela apresentava sintomas há três dias. Tinha febre, supõe-se que dor de cabeça e mal-estar geral, pois é uma criança muito pequena e não consegue dizer. Além disso, apresentava lesões de pele, o que são características de Monkeypox, e com isso coletamos material e enviamos para análise", falou o infectologista Daniel Junger.

A principal característica da Monkeypox, segundo o médico, são as bolhas e feridas na pele, parecidas com a da catapora. Os pacientes também apresentam quadros de febre com dor de cabeça e indisposição, além de dor nas articulações.

"São sintomas comuns de qualquer virose. Mas quando eles são associados a lesões de pele, aí sim esses casos se tornam suspeitos", explicou Junger.

A Secretaria Municipal de Saúde de Cachoeiro disse que a criança e outro paciente, que também teve a Monkeypox confirmada, já estão curados da doença e tiveram as feridas cicatrizadas.

Familiares que tiveram contatos com esses pacientes foram monitorados e não tiveram a doença.

ES INVESTIGA MAIS DE 90 CASOS

Nesta terça-feira (30), a Secretaria de Estado da Saúde divulgou boletim confirmando 31 infectados por varíola dos macacos no Espírito Santo, além de 91 casos suspeitos em investigação. Com o caso confirmado em Linhares nesta quarta-feira, sobe para 32 o número de confirmações. Outras 80 notificações de suspeitas da doença foram descartadas. Por enquanto, segundo a Sesa, a doença segue restrita a adultos com idades entre 20 e 69 anos. 

O boletim mostra que a doença se espalhou pelo Estado. Antes, as infecções eram registradas apenas na Grande Vitória. Agora há registros em cidades das regiões Norte e Sul.

CASOS CONFIRMADOS POR CIDADE

  • Vitória - 9 confirmações 
  • Vila Velha - 8 confirmações 
  • Guarapari - 4 confirmações 
  • Serra - 3 confirmações 
  • Cachoeiro de Itapemirim - 2 confirmações 
  • Aracruz - 1 confirmação 
  • Cariacica - 1 confirmação 
  • Itapemirim - 1 confirmação 
  • Pedro Canário - 1 confirmação 
  • Viana - 1 confirmação
  • Linhares - 1 confirmação

Ainda conforme o boletim, a maioria das pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos em território capixaba não teve contato com alguém que teve a doença, nem sequer a suspeita dela. Entre os 32 infectados, 26 deles são homens e nove são mulheres. Os sintomas mais frequentes entre os infectados no Estado são, nesta ordem:

  • Erupção cutânea 
  • Febre súbita 
  • Dor de cabeça 
  • Cansaço 
  • Dor nas costas 
  • Dor muscular 
  • Dor de garganta 
  • Adenomegalia (inchaço das glândulas do sistema imunológico)

DOENÇA NÃO É NOVA: SINTOMAS E TRANSMISSÃO

Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.

De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.

De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.

O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.

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